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Cecília Dassi curte adolescência na TV
Luis Augusto Nobre
Da TV Press
10/10/2005 | 08:44
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Cecília Dassi não é mais aquela menininha de Por Amor. Aos 15 anos, ela interpreta Mirella, uma garota moderna e responsável, em Alma Gêmea, também novela da Globo. “Estou podendo mostrar que cresci, que já sou uma adolescente”, comemora. Gaúcha, ela fazia propagandas em seu Estado quando surgiu um teste no Rio. Detalhe: tinha apenas cinco anos e passou um mês longe da família, que não pôde acompanhá-la. Aos sete, recebeu um convite de Manuel Carlos para fazer a Sandrinha em Por Amor. “Era um personagem muito forte, pois tinha um pai alcoólatra”, afirma. Entre seus papéis, a Sandrinha tem a indisfarçável preferência de Cecília.

Apesar disso, a jovem atriz se diz apaixonada por tramas de época e se acha bem parecida com sua atual personagem: por ser madura e por estar a frente de seu tempo. O ótimo relacionamento com a mãe também é outro ponto em comum. Já o romantismo não mexe tanto com ela. “Ela acha que Felipe é o homem ideal. É muito bonito isso, mas não sou assim”, revela. O personagem de Sidney Sampaio está lutando para ficar com Mirella, mas tem de enfrentar o mau-caráter Raul, interpretado por Luigi Barricelli. Um dos desafios de Mirella é ajudar a atrapalhada mãe a criar os filhos, só, numa sociedade preconceituosa. Ela tenta incentivar Olívia, vivida por Drica Moraes, a tocar a vida. Cecília tem boas expectativas para o final da trama. “Espero que ela consiga ficar com o Felipe, vencer o pai mau e pão-duro e que a mãe fique com o Vitório”, solta.

A atriz admite que teve sorte de conseguir boas chances na tevê. “Fico feliz com isso, porque, na minha idade, tenho um currículo maior que gente mais velha”, brinca. São sete anos de carreira só na televisão. Fez cinco novelas e uma minissérie: Por Amor, Suave Veneno, A Padroeira, Beijo do Vampiro, Alma Gêmea e O Quinto dos Infernos. Participou também de Bambuluá, novelinha infantil da Angélica. Cecília garante que começou a construir a carreira devagar, naturalmente, e que nunca forçou nada. Tanto que acabou por morar no Rio. “Não deu para voltar para o Rio Grande do Sul, pois já emendei em Suave Veneno”, afirma. A atriz passou um tempo morando com a mãe num hotel até o resto da família se mudar de Estado.

O início era só diversão. “Tudo era festa e criança tem regalias. Tinha menos responsabilidade”, declara. E esse começo marcou Cecília, que até hoje é reconhecida por pessoas nas ruas como a pequena Sandrinha. “Ainda tenho o rosto parecido com ela e muita gente se identificava com a personagem”, garante. O personagem que tanto marcou a carreira de Cecília era filha de Paulo José, que viveu um alcoólatra e que a fazia passar vergonha na frente das coleguinhas em Por Amor. Ela também era irmã do personagem de Eduardo Moscovis, que interpreta Rafael, pai de Felipe, em Alma Gêmea. No workshop da novela, houve o reencontro dos dois. “Ele me viu e me cumprimentou, mas não me reconheceu. Depois, voltou e falou comigo. ’Não acredito que é você’”, diverte-se.

A atuação como atriz não atrapalha a vida escolar de Cecília. Boa aluna, ela está se preparando para fazer Medicina. Quanto ao caminho que seguirá, Cecília ainda não sabe de nada. “São duas carreiras bem diferentes. Sei que não tem como conciliar, pois as duas demandam muito tempo, muita dedicação”, pondera. O que ela tem certeza é que está apaixonada pelo trabalho atual. “Estou me divertindo muito e a Drica tem sido uma escola”, festeja.



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