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‘A Ascensão Skywalker’ promete encerrar história original da franquia ‘Star Wars’

O público que não acompanha a saga sabe que se trata de um universo futurista com naves espaciais estilizadas e duelos de espadas feitas com espécie de raio

Por Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
16/12/2019 | 05:00
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Divulgação


Star Wars é capaz de dividir opiniões mesmo estando em uma galáxia muito, muito distante. O público que não acompanha a saga sabe que se trata de um universo futurista com naves espaciais estilizadas e duelos de espadas feitas com espécie de raio laser. Os fãs explanam sobre conexões especiais entre personagens e como o equilíbrio da tal Força é essencial para a paz. Entre variados pontos de vista, não há como negar que a franquia se mantém poderosa na cultura pop depois de 42 anos.

O próximo passo promete ser o último dentro da trama principal. É Star Wars: A Ascensão Skywalker, com estreia nos cinemas brasileiros na quinta-feira recheada de expectativa. O capítulo nove, parte da terceira trilogia, promete lotar salas e gerar mais discussões sobre a família Skywalker, com Anakin (nome do vilão Darth Vader) e os gêmeos Luke e Leia entre os integrantes.

No cenário do entretenimento com tantas opções de histórias, de que forma a cinessérie se diferencia de outras grandes franquias? “As tecnologias adaptadas aos nossos tempos, a representatividade nos personagens e seus dilemas pessoais que são mais próximos aos nossos, a narrativa com questões políticas que refletem o que tem acontecido no mundo”, pontua Juliana de Oliveira, produtora de conteúdo de cultura pop e editora do site MinasNerds (www.minasnerds.com.br). Esses elementos têm sido espalhados ao longo de diferentes gerações, seja entre as décadas de 1970 e 1980, na passagem dos anos 1990 e 2000 e depois da segunda metade de 2010 em diante.

Segundo Juliana, as produções atuais destacam a proximidade de desafios das personagens e a representatividade das mesmas para os tempos e público atuais. “Os filmes recentes possuem protagonistas que fogem do perfil homem-branco-padrão e da dicotomia bem-mal para mostrar dilemas de pessoas comuns que fazem parte de uma realidade moralmente mais complexa. Mulheres, negros, latinos e asiáticos se sentiram representados”, comenta. “Star Wars acerta nesse ponto: apresentando novos protagonistas, porém, respeitando e mantendo o legado dos principais personagens dos outros filmes.”

A Ascensão Skywalker não tem sinopse com explicação sobre o que será mostrado no filme. A Lucasfilm (sob comando da Disney) só diz que “novas lendas nascerão e a batalha final pela liberdade ainda está por vir”. Parte da apreensão passa em saber se os pais de Rey são importantes, como a conexão entre ela e Kylo Ren mexe com a Força e de que forma o retorno do Imperador Palpatine tem influenciado tudo.

“Com o tanto de dúvidas que plantaram na nossa cabeça desde O Despertar da Força (2015), principalmente sobre a origem da Rey, acho que é impossível você não teorizar e buscar algum tipo de informação sobre essas coisas”, comenta a consultora pedagógica Rubia Cincea Leite, 36 anos, de Santo André, fã desde a infância. “Mais importante do que as teorias fazerem parte do que é ser um fã de Star Wars, tem a curiosidade. Se você reaviva essa questão, os fãs ficam aguardando por respostas.”

A andreense revela que o contato com a saga nasceu a partir do pai e ela tenta ampliar ao máximo os conhecimentos sobre a história para as pessoas. “Era uma coisa muito viva dentro de casa. O relacionamento que tenho com esses filmes representa exatamente o que eles propõem: a questão de transpôr gerações e de passar de pais para filhos.” É um universo que vai além de sabres de luz, conflitos políticos intergalácticos e, até mesmo, da Força da família Skywalker.

Aquecimento agita fãs para a estreia

A agitação para a estreia de Star Wars: A Ascensão Skywalker começou, de fato, desde o fim de outubro. Foi quando as redes de cinema abriram comercialização de entradas para as primeiras sessões, na madrugada entre quarta e quinta-feira. Essa ‘pré-venda’ bateu recorde internacional que pertencia a Vingadores: Ultimato (2019), ultrapassando o registro de vendas em uma hora em 45% somente nos Estados Unidos.

“Sabemos que os fãs querem ver tudo nos primeiros horários, independentemente se for na meia-noite de um dia de semana. Fazemos acertos com os shoppings por causa dessas situações diferenciadas”, explica Eduardo Chang, diretor de programação da operadora Cinépolis (www.cinepolis.com.br). Na região, a rede conta com salas no São Bernardo Plaza Shopping e abriu, por exemplo, sessões em três salas para o aguardado filme, com poucos ingressos ainda restando.

A andreense Rubia Cincea Leite garantiu seu lugar com antecedência e diz que a experiência pode ser muito divertida. “Está todo mundo na mesma energia, compartilhando a empolgação. E a reação desse público é muito mais interessante. Você até encontra alguns cosplays e o pessoal reage, grita, bate palma”, conta.

O hype aumentou na primeira semana de dezembro, quando o elenco e o diretor J.J. Abrams estiveram na Comic Con Experience, em São Paulo. No dia mais disputado do evento, falaram sobre a história, o legado da saga e agradeceram ao público.




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