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Prometida para junho, balsa maior no Riacho fica para setembro

Emae descumpre prazo de entrega de embarcação ampliada em São Bernardo; transtornos continuam

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
24/05/2018 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


O prazo garantido pela Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) para entregar, em junho, a ampliação da Balsa João Basso, no bairro Riacho Grande, em São Bernardo, não será cumprido. A Prefeitura de São Bernardo recebeu comunicado da companhia de que a previsão, agora, é para setembro. Enquanto isso, os motoristas que dependem da embarcação continuam enfrentado fila superior a três horas para conseguirem fazer a travessia.

Em dezembro, quando o compromisso foi firmado, a data de entrega estabelecida era 29 de junho. Duas placas na área da balsa também informam o próximo mês como o de início da operação da nova plataforma flutuante, que passará a carregar até 40 veículos e 400 passageiros (atualmente, são 18 e 200, respectivamente). Com a nova balsa, a expectativa é reduzir o tempo de espera pela metade.

Segundo o presidente da ETC (Empresa de Transportes Coletivos), Ademir Silvestre, o argumento dado pela Emae para o atraso da entrega é o de que expirou o prazo dado pela empresa Bravo Serviços Marítimos – contratada por R$ 2 milhões – para a execução dos trabalhos. “Só 38% do serviço foi realizado e a Emae vai fazer com mão de obra própria”, diz Silvestre que, amanhã, irá até a Emae para solicitar melhor detalhamento da situação. “Vou para ver o que é possível ser feito e certificar isso in loco. É uma situação muito delicada para nós, esse prazo (setembro), a Emae que fez o compromisso, assinou publicamente a negociação que foi estabelecida e não cumprida”, fala.

Funcionária da balsa comentou que a nova embarcação “já está toda montada, o que falta é a parte hidráulica, interna”. “O pessoal tinha esperança que seria em junho e agora não será. O bicho vai pegar. A gente também torce muito para essa nova balsa vir”, salienta.

A equipe do Diário questionou a Emae, mas a assessoria de imprensa declarou que não seria possível retornar até o fechamento desta edição.

FRUSTRAÇÃO

Para quem precisa enfrentar diariamente a longa fila de espera para ingresso na balsa, o atraso é visto com desapontamento. “A expectativa é a de que nossos netos e bisnetos vejam essa nova balsa”, lamenta o aposentado Osmar Luiz de Oliveira, 77 anos. Na fila preferencial para embarque, ontem, ela já aguardava há 50 minutos. “Geralmente chega a duas horas e meia”, conta.

“Todo dia é uma história sobre essa balsa. A gente nunca sabe a verdade. Só o tempo que dirá”, exclama a aposentada Estelina Silva Messias, 60.

Para o representante comercial Alessandro Manfrenato, 40, a situação denota falta de planejamento. “Se colocaram a placa dizendo que era junho, se responsabilizando em assumir esse prazo, tinha que ser cumprindo”, frisa ele, cuja espera para embarcar já chegava a uma hora na tarde de ontem.

Possibilidade de segunda embarcação na área é estudada pela Emae

Quando a ampliação da Balsa João Basso foi anunciada, em dezembro, a Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) também se comprometeu a iniciar, com custos próprios, estudo de viabilidades técnica, ambiental e econômica para instalação de uma balsa adicional, não cabeada, no Riacho Grande. De acordo com o presidente da ETC (Empresa de Transporte Coletivo), Ademir Silvestre, essa questão está mantida . “Essa parte parece que ainda está de pé, mas vou ver tudo isso na reunião que terei com eles, na sexta-feira (amanhã).”

Em reuniões anteriores com a Emae, técnicos da Prefeitura apresentaram modelos alternativos de travessia e visitaram a balsa que faz o transporte de veículos entre Itaju e Arealva, sobre o Rio Tietê, no Interior do Estado. A comunidade do pós-balsa reúne cerca de 42 mil moradores do Tatetos, Santa Cruz e Taquacetuba, que dependem basicamente da Balsa João Basso para se deslocar até a região central da cidade e demais municípios do Grande ABC e Capital 




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