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Alunos da USCS criam liga de cuidados paliativos

Meta é capacitar universitários da área da Saúde e profissionais da rede municipal de S.Caetano

Por Bianca Barbosa
Especial para o Diário
13/05/2018 | 07:00
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Interessados em colocar o Grande ABC no mapa de referência em cuidados paliativos, estudantes da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) criaram liga específica para discutir o tema. O objetivo é sensibilizar e capacitar os universitários, além de oferecer ajuda a pacientes (e seus familiares) acometidos por qualquer doença que ameace a vida por ser progressiva ou até mesmo incurável.

Presidente e criadora da liga, Diana Coutinho Pimentel, aluna do 3º ano de Medicina, destaca que se trata de projeto social, formado também por estudantes de Farmácia, Fisioterapia, Psicologia, Enfermagem e Nutrição. “O maior desafio é por não ter a especialidade aqui em São Caetano”, diz.

Apesar do entrave de não existir ambulatório específico voltado ao tema em São Caetano, o grupo pretende iniciar o projeto pela sensibilização e capacitação dos alunos, a partir de aulas especializadas. Um diferencial é a ideia de que a capacitação beneficie também os profissionais da Saúde pública. Para isso, o grupo encaminhou a proposta para a secretária de Saúde municipal, Regina Maura Zetone.

Para os estágios, a liga contará com parceria do Hospital Premier, na Capital, especializado em idosos e referência na área de cuidados paliativos. Seis participantes do grupo poderão atuar, durante as férias de julho, em atividades no local. “Enquanto a disciplina não existe na universidade, vamos repassar todo o conhecimento que tivermos”, destaca a diretora científica Raquel Duaibs Ziegler.

Pró-reitor adjunto de Graduação, Paulo César Porto Deliberato explica que mudar a matriz curricular da universidade é um processo complicado e que leva de seis meses a um ano. O tema, entretanto, será deliberado por conselhos de ensino da instituição. “São Caetano não tem um setor de cuidados paliativos, mas agora temos a liga, que fez contato com a secretaria da Saúde e já tem um cronograma de ações”, ressalta.

“O cuidado paliativo começa no diagnóstico da doença ameaçadora de vida sem possibilidade de cura”, essa é a verdadeira definição da técnica, defende Diana. Segundo ela, a paliatividade está banalizada pela ideia de que corresponde a uma terapia capaz de prolongar a vida. “É necessário resgatar o interesse dos alunos e tornar a especialidade mais reconhecida”, observa.

PALESTRA
No período de 21 a 26 de maio, a USCS promove o evento Universidade Aberta, cujo tema principal será direitos humanos. Integrantes da liga de cuidados paliativos farão palestra sobre o tema no dia 26, às 8h30. Outras informações podem ser adquiridas pelo e-mail laicp.uscs@gmail.com. 




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