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Prefeitura cobrará CDHU a respeito de ocupação

Pasta da Habitação levará ao Estado questão que ocorre desde 2016 no Jd.Santo André

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
08/05/2018 | 07:00
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Representantes da Secretaria de Habitação de Santo André se reunirão, na próxima segunda-feira, com a presidência da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), para discutir ações em conjunto que possam minimizar os impactos da reintegração de posse de ocupação no Jardim Santo André.

Conforme noticiado pelo Diário na quinta-feira, a CDHU aguarda decisão judicial para o pedido de reintegração de posse de cinco terrenos, localizados em sete núcleos do bairro andreense, que tiveram invasões iniciadas em 2016. Enquanto a determinação não sai, a ocupação, 80% instalada em área de risco de deslizamentos, cresce a cada dia.

A preocupação dos moradores locais quanto à remoção das famílias – estima-se que elas somam 3.000 – foi pauta de reunião realizada ontem, na Pasta municipal, entre comissão de lideranças do bairro e o secretário de Habitação, Fernando Marangoni. “A Prefeitura não é titular da área, portanto, não temos gerência direta, mas estamos falando de moradores que são cidadãos da nossa cidade e não ficaremos indiferentes”, pontua Marangoni.

Na sexta-feira, às 9h, o secretário visitará todas as áreas ocupadas para diagnosticar a situação e levar a questão no encontro com os integrantes da CDHU. “Queremos saber em que pé está o processo de reintegração e como está o problema”, diz Marangoni.

“Em um segundo ponto, pediremos que seja feito um cadastro de todos que lá estão, para cruzar dados, sobre quem já está cadastrado, se alguém já recebe auxílio-aluguel, ver o diagnóstico e dar soluções em conjunto (com a CDHU), Prefeitura e comunidade”, acrescentou. Pré-levantamento já feito pela administração municipal dava conta da presença de 1.500 famílias na área.

A produção habitacional para atender a demanda também será ponto colocado pela secretaria, durante o encontro da próxima semana. “Não adianta ter cadastro e não ter um Norte, uma expectativa de produção habitacional para essas famílias. Temos alguns projetos em andamento, de chamamento em conjunto com a CDHU, em áreas contíguas e outras áreas que podemos negociar para que produzam habitações”, salienta o secretário.
Marangoni frisa que, com a reintegração de posse, é necessária uma solução definitiva, tendo em vista que as áreas já passaram por esse processo outras vezes e novas ocupações se formaram. “Não adianta ficar enxugando gelo.”
 




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