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Concorrência acirrada melhora serviços de namoro on-line
Do The New York Times
19/08/2003 | 07:12
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As empresas especializadas em namoros on-line estão buscando um compromisso mais profundo com seus clientes. Anúncios pessoais na Internet quebraram praticamente todos os traços de estigma para se tornarem um meio de importância, com 40 milhões de pessoas só nos Estados Unidos visitando sites de namoro no mês passado, segundo uma empresa de pesquisas.

Agora, as companhias que servem o mercado entraram na competição pelos usuários, investindo pesadamente em novos atributos e preparando novos ciclos de marketing - tudo com a esperança de uma grande recompensa financeira.

Os líderes do mercado, enquanto isso, olham pelo espelho retrovisor para uma nova companhia, a Friendster, que poderá abalar a indústria ao levar o negócio além do namoro, chegando a uma rede de comunicação social na qual - como na vida off-line - o romance não seja o único motivo para se conectar.

Estima-se que Match.com, de propriedade da InterActiveCorp e da divisão Encontros do Yahoo!, e a MatchNet, além de alguns participantes de segunda ordem e numerosos pequenos competidores, devem gerar mais de US$ 300 milhões em rendas neste ano, segundo o Júpiter Research. “Isso parece um ótimo negócio”, afirma David Card, um analista da Júpiter.

As rendas, afirma Card, contam apenas metade da história. Como os serviços são construídos em “bases de dados relativamente simples”, acrescenta, “os custos para apoiar esses sites são relativamente modestos”. O nível de lucro depende de quanto a empresa gasta para oferecer o serviço aos clientes, que geralmente pagam cerca de US$ 25 por mês nos EUA.

Match.com e Yahoo! não revelam seus orçamentos de marketing. O Yahoo! não revela suas estatísticas da divisão Encontros, mas a Match.com começou a gerar um fluxo positivo de dinheiro. Recentemente, a InterActiveCorp disse que a renda operacional da Match.com no segundo trimestre alcançou US$ 7,6 milhões, um aumento de 14% sobre o segundo período do ano passado.

O Match.com não necessariamente lucra caso seus pares de usuários se unam para sempre. Tim Sullivan, presidente da Match.com, afirma que, embora seus assinantes tenham caído nos últimos cinco meses - encontrando um par promissor ou sem conseguir nenhum encontro -, muitos voltam para outra tentativa. Cerca de 40% dos atuais assinantes são pessoas que buscam mais uma chance.

Mas a competição é tanta que Match.com e seus rivais estão sob pressão para melhorar os serviços de forma que os usuários encontrem parceiros rapidamente, mesmo que isso signifique que eles perderão esses clientes também rapidamente. Uma nova atração do renovado site da Match.com são as videomensagens, uma capacidade que o Yahoo! acrescentou no começo do ano. A tecnologia permite que os usuários publiquem declarações pessoais no site.

O Yahoo!, enquanto isso, realizou vários aperfeiçoamentos no ano passado. Quando os usuários do Yahoo! Encontros buscam um namoro, os resultados da busca serão acompanhados de uma mensagem que diz: “Se você gosta dessa pessoa, também gostará dessas outras”, e apresenta um link para seus perfis.

Ao mesmo tempo, o Matchnet.com toma uma abordagem diferente de outras nessa categoria. A companhia opera em nove sites, incluindo AmericanSingles.com (serviço comum de namoro), Jdate.com (para judeus), Glimpse.com (para gays e lésbicas), e o site alemão Matchnet.de.

Embora o preço não seja considerado um obstáculo à expansão do serviço, muitos clientes dos grandes serviços de namoro on-line podem ser atraídos por uma empresa mais barata e inteiramente diferente, que já reuniu 1.5 milhão de membros em pouco mais de três meses, sem qualquer campanha de marketing. Trata-se da Friendster, que ajuda os usuários a encontrarem amigos de amigos, encorajando a rede social.

No Friendster.com, que continuará gratuito até seu lançamento oficial, os usuários se inscrevem, publicam uma foto e uma lista de interesses. Eles também fornecem e-mails de amigos, que são convidados a participar. Os usuários podem buscar seus amigos e então contatar os amigos dos amigos para namoro ou somente conseguir novas amizades. “Esse modelo reflete mais a realidade”, afirma Jonathan Abrams, CEO e fundador do Friendster.




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