Política Titulo
Lula hoje em Diadema
Por Fabrício Calado Moreira
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
19/08/2006 | 03:42
Compartilhar notícia


Hoje, pela primeira vez na campanha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará no Grande ABC para realização de um comício, que será na praça da Moça, às 19h, em Diadema. A jornada da nova fase da campanha começou ontem e se estende hoje – também com evento público à tarde no bairro do Campo Limpo, na Capital – e amanhã, com outro comício, em Osasco, às 10h. Ontem, o petista dedicou-se às causas sindicais, que lhe deram notoriedade.

Sem prometer o que não sabe se conseguirá cumprir caso seja reeleito, Lula participou primeiro de reunião com grupo de sindicalistas filiados à Força Sindical, central teoricamente ligada ao PDT, partido do presidente licenciado da entidade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que disputa cadeira na Câmara dos Deputados e é crítico ferrenho do governo petista. Além disso, a legenda tem candidato próprio à Presidência, o senador e ex-petista Cristovam Buarque. No encontro, em um hotel na Zona Sul de São Paulo, Lula recebeu o apoio das lideranças presentes e também algumas reivindicações, entre as quais redução da jornada de trabalho, reforma sindical e abertura de novas vagas no mercado de trabalho.

O petista, no entanto, depois de um discurso em que enumerou algumas de suas conquistas como presidente, preferiu não comprometer-se oficialmente em relação a reivindicações específicas. Respondeu apenas que continuará buscando melhorias aos trabalhadores. “Tenho compromisso histórico que será construído à medida que temos um fórum nacional de trabalho, responsável por discutir não apenas a questão da estrutura sindical, já no Congresso Nacional, mas também mudanças na legislação trabalhista. É um fórum em que governo, trabalhadores e empresários discutem todos os assuntos pertinentes ao mundo do trabalho.”

Lula garantiu analisar todas as solicitações. “O governo tem apenas o trabalho de coordenar as demanda, tirar os consensos possíveis e entregar ao Congresso Nacional em forma de leis, mais fácil para serem aprovadas.” O presidente reconheceu não ter conseguido gerar os 10 milhões de empregos prometidos na campanha de 2002. Mas disse que foi em seu governo que o trabalhador alcançou mais conquistas, embora analise que o salário mínimo ainda não seja o ideal.

Divisão – Segundo Danilo Pereira da Silva, presidente estadual da Força Sindical, a central está dividida com relação aos candidatos à Presidência. “As pessoas costumam confundir a Força com o presidente, Paulinho. Mas somos pluripartidários.” Ele recorda que o apoio desse grupo ao presidente Lula que, segundo ele, representa 50% da Força Sindical deve-se à abertura de diálogo entre o governo Lula e as centrais.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;