A segurança na América do Norte será o eixo central das discussões dos chefes de Estado e de Governo dos Estados Unidos, México e Canadá, membros do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte). A reunião se realiza nesta segunda e terça-feira em Montebello, Quebec, e são esperados novos protestos de manifestantes antiglobalização.

"O presidente George W. Bush vai ao Canadá discutir com nossos vizinhos norte-americanos a forma de tornar o continente mais seguro e mais próspero", informou um porta-voz da Casa Branca. Ainda há a possibilidade de que seja feito um anúncio em termos de cooperação para a luta contra o tráfico de drogas entre os Estados Unidos e o México.

Os especialistas prevêem que esta reunião tripartite tentará fortalecer os vínculos e falar de temas de interesse comum, dentro dos quais estaria a relação comercial entre os três membros do TLCAN (Tratado de Livre Comércio da América do Norte), mas não esperam resultados concretos.

Consultado sobre a possibilidade de um anúncio em termos de luta antidrogas, Michael Shifter, do centro de estudos Diálogo Inter-americano, com sede em Washington, disse acreditar que essas negociações estão bem avançadas com o México, mas que não sabe se tudo está totalmente resolvido.

A agenda dos presidentes também incluirá temas referentes à imigração, depois do fracasso de uma reforma migratória no Congresso americano, e um endurecimento das medidas nos Estados Unidos contra os imigrantes sem documentos, muito criticado pelo presidente mexicano Felipe Calderón.

Bush, Calderón e o primeiro-ministro canadense Stephen Harper se reunirão num hotel de luxo a meio caminho entre Ottawa e Montreal, protegido por um perímetro de segurança.

As autoridades canadenses faziam os últimos preparativos de segurança para a cúpula. O castelo de Montebello foi cercado por um muro de pelo menos três metros de altura, para evitar que eventuais manifestantes antiglobalização se aproximem do local. Alguns grupos já anunciaram que organizarão protestos durante o encontro.

Segundo a televisão pública CBC, cerca de 200 policiais patrulhavam já neste sábado os arredores do castelo, enquanto helicópteros e aviões militares sobrevoavam a área.