Setecidades Titulo Em três cidades
Casos de catapora alertam para importância da vacina

Sto.André, S.Bernardo e Mauá têm, juntas, 14 notificações da doença nas últimas semanas

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
16/10/2018 | 07:00
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Casos confirmados de varicela, mais conhecida como catapora, em três cidades da região – Santo André, São Bernardo e Mauá – têm causado preocupação entre pais e especialistas. O cenário acende ainda o alerta para a importância da vacinação.

O colégio particular Xingu, no bairro Valparaíso, em Santo André, confirmou dez alunos contaminados. A Prefeitura, entretanto, reconhece seis casos da doença.

Equipes do setor de vigilância sanitária de Santo André aplicaram doses da vacina, ou reforço aos já vacinados, nos alunos do colégio. Durante a semana, será feito pente-fino nas carteiras de vacinação para atualização, caso necessário. Funcionários do setor confirmaram que mais escolas da cidade têm alunos contaminados, sendo a EE Professora Cristina Fittipaldi, também no Valparaíso, uma delas.

Em São Bernardo há um caso confirmado em escola do Riacho Grande. Já Mauá registrou três contágios na última semana. Em Ribeirão Pires não houve registros da doença neste mês. As demais cidades não retornaram até o fechamento desta edição.

As prefeituras pedem para que as carteiras de vacinação estejam atualizadas e, nos primeiros sintomas da doença, como febre, e feridas no corpo, os pacientes sejam levados às unidades de Saúde.

VACINAÇÃO
A disseminação da doença, caracterizada como surto pela Vigilância Sanitária de Santo André, é, na avaliação de especialistas, resultado da negligência em relação à vacinação.

Professor de Infectologia da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Juvencio Duailibe Furtado destaca que casos de varicela grave são “inadmissíveis” diante do avanço na Saúde. “A volta de doenças já extintas é caso de Saúde pública. Os pais não enxergarem imunização como prioridade é um absurdo”, ressaltou. “O Brasil tem um programa de vacinação muito bom e adequado, com quase todas as imunizações disponíveis no SUS (Sistema único de Saúde), mas os pais não levam as crianças.”

Além daqueles não imunizados, pessoas vacinadas que não tomaram a dose de reforço também estão vulneráveis ao vírus. Exemplo disso é Mariana, 7 anos, que, embora tenha recebido a imunização contra catapora ainda bebê, na semana passada foi surpreendida com manchas vermelhas pelo corpo.

A mãe da menina, Juliana Caspar Coelho, 42, relatou que Mariana começou apresentando febre muito alta, sem motivos aparentes. No dia seguinte, manchas vermelhas e coceira apareceram pelo corpo. “Foram sete dias que ela sofreu. A febre logo cessou, mas a coceira judiou dela ao longo de toda a semana.”

Juliana levou a filha mais velha, Isabela, 10, para tomar o reforço da vacina, mas ainda se preocupa com a possibilidade de contaminação tanto de Isabela quanto dos colegas de escola. “O pediatra da Mariana nos informou que dois dias antes de apresentar sintomas a pessoa contaminada já espalha o vírus. Isso significa que minha filha pode ter passado o vírus a demais crianças, assim como pegou de alguém.” 




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