O trio badalado da Seleção Brasileira, formado por Paulo Henrique Ganso, Alexandre Pato e Neymar, não tem agradado neste início de Copa América. Os jovens jogadores, representantes do processo de renovação do técnico Mano Menezes, pouco produziram nos empates com Venezuela e Paraguai.

Por isso, a badalação em cima dos atletas com idade olímpica transformou-se em críticas. Segundo o Datafolha, os três foram responsáveis por 54,2% das bolas perdidas pelo Brasil (32 de um total de 59), durante o empate (2 a 2) contra o Paraguai, no sábado.

Apontado como o principal nome desta nova geração, Neymar foi substituído e ouviu sonora vaia no Estádio Mario Kempes, em Córdoba.

Alexandre Pato voltou a desperdiçar oportunidades, enquanto Ganso, o homem de criação de Mano Menezes, foi quem mais entregou a bola ao adversário. No entanto, deu duas assistências, inclusive a do gol salvador de Fred.

Os santistas deixaram o estádio sem falar com a imprensa, assim como Robinho, que virou reserva e sequer entrou em campo.

Ontem, porém, em entrevista coletiva, Mano Menezes falou sobre o atacante Neymar, o mais cobrado de todos. "Considero o Neymar um dos talentos promissores que temos no futebol brasileiro hoje, uma realidade no seu clube, o Santos, e ele se colocou como realidade nos primeiros amistosos da Seleção. Agora, enfrenta uma competição mais dura pela primeira vez, juntamente com nós todos. Ele não é aquele quase rei que na semana passada vi na capa de uma revista, com coroa e tudo. Também não é um jogador que com duas atuações nem tão boas se transforma em vilão", opinou.

Mano referiu-se à Revista Veja do dia 29, com a manchete ‘Neymar - um Pelé para o Século XXI', em que o jogador aparece com uma coroa na cabeça, uma semana depois de conquistar a Libertadores.