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Irmãs colocam sintonia à prova com a camisa de Santo André
Dérek Bittencourt
22/11/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 O centro de treinamento de tênis de mesa de São Caetano recebeu ontem a competição de duplas dos Jogos Abertos do Interior. Nesta categoria é necessária sintonia para se dar bem. E a parceria formada por Mai e Amy Sekimoto, de 17 e 16 anos – respectivamente – vai muito além da mesa. No esporte desde pequenas por serem “hiperativas”, conforme conta a mais nova, as irmãs representaram Santo André com dois planos futuros em mente.

“Em 2018 quero participar da seleção paulista”, projeta Amy, que tem a meta compartilhada pela irmã, Mai, que vai além. “Um dia ainda quero fazer parte da Seleção (Brasileira)”, sonha.

No berço de onde treinam os integrantes da equipe verde e amarela – formada na última Olimpíada, por exemplo, por cinco atletas de São Caetano –, as Sekimoto tentaram repetir nos Abertos o desempenho que tiveram durante os Jogos Regionais, quando conquistaram ouro e prata no individual e o título nas duplas. Ontem, porém, depois de passar por Mogi das Cruzes por 3 a 0, caíram para Marília, em equilibrado 3 a 2. Tristeza? Não é bem assim que as irmãs encaram. “Serve de aprendizado para os próximos campeonatos”, destaca Amy, que diz “adquirir experiência” observando atletas de alto nível em competições como os Abertos. “Mostra também que a gente precisa treinar”, complementa Mai.

E, apesar de toda maturidade que demonstram nas falas, as irmãs admitem que nem tudo o que acontece na mesa fica na mesa. “A gente briga em casa, às vezes. Fica um tempinho (brigadas), mas depois volta tudo ao normal”, sorri a mais velha da dupla, que não esconde a cobrança familiar. “(Nosso) Pai exige bastante, mas é gostoso, porque o esporte fica mais família”, declara Amy.

Hoje à tarde, elas estarão em ação novamente, desta vez no individual.

EMOÇÃO

De um lado da mesa, a advogada Dulcina Guitti, 52, representando Campinas ao lado de Raquel Tavares. Do outro, as atletas da Seleção Brasileira e de São Caetano, Caroline Kumahara e Bruna Alexandre, ambas 22. O resultado foi triunfo da cidade do Grande ABC por 3 a 0, mas o placar pouco importou à experiente campineira.<EM>

“Nossa emoção é tão grande que nem conseguia usar a parte técnica ou fazer o pouco que a gente sabe, porque ficava muito emocionada. Cada bola delas eu queria aplaudir e comemorar junto”, destacou Dulcina, que não hesitou em solicitar um registro com a dupla são-caetanense assim que o jogo – válido pelas semifinais – terminou. “Elas são tão simpáticas, recebem tão bem que a gente não perde a oportunidade de tirar uma foto.”

Pela quarta vez disputando os Abertos, Dulcina exaltou o desempenho de Campinas. “Só de chegar aqui, participar, já é vitória para nós. A gente não vem com grande expectativa de ganho, mas muita expectativa de (adquirir) experiência”, concluiu a mesa-tenista, que é casada com o treinador da equipe, Oséas Avilez, 64. Juntos, eles têm uma escola de tênis de mesa na cidade do Interior.


Em busca de mais um título, Hoyama mira fortalecer tênis de mesa na região

Em sua 31ª participação em Jogos Abertos do Interior, o mesa-tenista Hugo Hoyama, de São Bernardo, vive a expectativa de conquistar o ouro nas duplas masculinas pela Segunda Divisão Livre. Ontem, ao lado de Willian Kumagai, venceu com facilidade a parceria de Campinas, por 3 sets a 0. “A chance é boa de conquistar o título e faz tempo que não alcanço um. Não vai ser fácil, mas vamos batalhar”, disse.

Diante de adversários com menos da metade de sua idade, Hoyama, no auge dos 48 anos, não pensa mais nada, somente nas próprias conquistas. Mas quer fortalecer o esporte para celebrar triunfos de novos talentos para a cidade. “Espero que ano que vem a gente possa fazer trabalho maior e melhor, chamar mais crianças a começar a treinar. Quero fazer crescer o tênis de mesa de São Bernardo. Faz tempo que não vem criançada nova, então está na hora de ajudar novamente a modalidade na cidade”, destacou Hoyama, que espera usar seu nome e o da chinesa naturalizada brasileira Gui Lin para atrair jovens.

O mesa-tenista é ainda técnico da Seleção Brasileira feminina e aproveita a competição em São Caetano para observar futuras integrantes da equipe. “(Jogos Abertos) São bons para ver se tem revelação, alguém que tem facilidade. Vejo que muitas (meninas) têm chance. É só fazer um bom trabalho para, quem sabe lá na frente, estar representando o Brasil.”




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