O aparecimento de visitantes indesejados se tornou comum aos moradores da Rua Nara Leão, no bairro Jardim Teles de Menezes, em Santo André. Por conta da falta de manutenção de área da EE Doutor Júlio Pignatari, os residentes notam ratos, baratas e aranhas com frequência em suas casas.

Quem sobe na laje de qualquer uma das residências que divide o fundo com a escola, assusta-se com a altura do verde que toma o espaço. Panos nas portas, placas de madeira e telas improvisam barreira contra os transtornos no interior das moradias. Passar o aspirador todas as noites é atividade comum a quem tem a intenção de evitar problemas com aranhas e baratas.

“É bicho que entra, a gente põe tela, o rato rasga e tem de por de novo, e assim vai”, aponta a dona de casa Elaine Teixeira de Lima, 42 anos, que vive com o marido e cinco filhos, incluindo duas crianças pequenas. “Do jeito que está não dá para continuar, não tem como, fica difícil. Vai rasgando (as telas de proteção), você vai trocando e assim vai gastando dinheiro”, completa.

Para a manicure Mônica Correia da Silva, 36, a situação é ruim. Nos últimos dias, a família dela matou duas aranhas, sendo uma delas no quarto dos filhos, espaço da casa que é encostado ao muro da escola. “Barata vem de monte, os ralos têm de estar fechados. O quarto dos meus filhos está cheio de veneno porque não tem outro jeito”, afirma ela, a respeito do local onde vivem os três filhos.

“A gente procurou a diretora. Desde que moro aqui é assim, faz 11 anos. Está enorme, ela só jogou o seca mato atrás da minha casa porque fui reclamar, mas o mato dos vizinhos ainda está alto”, diz a moradora Jeniffer Iohana, 21.

Por nota, a Secretaria da Educação do Estado explicou que a “Diretoria Regional de Ensino de Santo André informa que a unidade escolar faz manutenção frequente, que engloba, entre outras coisas, dedetização, limpeza de calhas e telhado, limpeza da caixa d’água e desratização. Além disso, a direção atende os reclamantes sempre que pode. No entanto, cabe ressaltar que a escola conta também com o apoio da comunidade, que muitas vezes joga lixo e até entulho dentro da escola”.