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Mãe de analista assassinada é alvo de ameaças
Por Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
09/11/2010 | 07:00
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A  mãe da analista Rafaela de Castro Reis, 25 anos, encontrada carbonizada e baleada no pescoço dentro de seu carro em setembro do ano passado, relata que sofreu ameaças de morte durante a investigação do crime. A família tem certeza que o autor das ameaças é o principal suspeito do assassinato, o ex-namorado da vítima, Airton Cavalcante da Silva, 31

Com medo, Maria das Graças Castro registrou boletim de ocorrência no 4º DP de Diadema, no Jardim Eldorado. Intimado a comparecer em audiência na tarde de ontem no Fórum de Diadema, o acusado pelo assassinato da analista e das ameaças contra a família não se apresentou à Justiça.

“Se acontecer algo comigo, a senhora vai pagar”. Esse foi um dos avisos proferidos pelo acusado em maio deste ano. Segundo parentes, ele passava gritando em frente à casa da família, sempre se dirigindo a mãe da vítima, que, com medo, colocou grades em todas as janelas. “É um monstro. Temos muito medo dele e do que pode fazer com a família. Não posso vê-lo”, diz a mãe da vítima.

De acordo com o advogado de defesa, Leandro Macário, o prensista não se apresentou ontem pois “não foi regularmente intimado.”

Porém, ele confirmou que o suspeito deverá comparecer na próxima data, divulgada ontem. A audiência que julgará as ameaças sofridas pela mãe da vítima foi remarcada para o dia 17 de janeiro de 2011.

 

O CRIME

A jovem formada em Contabilidade foi encontrada morta no dia 28 de setembro de 2009, no Jardim Miriam, Zona Sul de São Paulo, próximo à divisa com Diadema. Rafaela decidiu terminar a relação quando o casal tinha um ano e quatro meses de namoro. O crime aconteceu três semanas depois. Dois dias antes de encontrarem o corpo, Rafaela e Airton saíram para negociar a compra do carro novo da vítima. No entanto, apenas ele voltou para casa.

No dia 30 de setembro foi expedido o mandado de prisão temporária contra o suspeito. Airton cumpriu dez dias e foi solto por falta de provas. Ele nega o crime.

De acordo com os familiares, a relação do casal era conturbada e o suspeito não aceitava o fim do romance. “Ele ligava o dia inteiro no trabalho dela. Dizia que se não fosse para ela ficar com ele, não ficaria com mais ninguém”, relata a mãe. Os familiares também alegaram que o suspeito roubou a bolsa da vítima para queimar todos os documentos e dificultar a investigação do crime. A vítima foi identificada pela corrente que carregava no pescoço e pelo aparelho ortodôntico.

O caso foi registrado no 98º Distrito Policial de São Paulo. A investigação foi concluída em dezembro do ano passado e enviada ao Fórum de Diadema, que deve julgar o réu no dia 22 de novembro. O advogado de defesa garantiu a presença de seu cliente na data. “Esperamos que ele seja preso no dia”, disse um tio da vítima, que preferiu não se identificar.

 

 

 




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