O macaco-barrigudo ganhou esse nome por conta da pequena pança que tem. Apesar disso, é esbelto e musculoso. Desloca-se com muita rapidez e pode dar grandes saltos de uma árvore para outra com agilidade.

Pertence ao grupo dos primatas e pode ser encontrado na Floresta Amazônica brasileira, colombiana e venezuelana. Sua cara é lisinha, sem pelos. O corpo é recoberto por grossa pelagem curta, de cor escura, variando entre cinza, marrom e preto.

É arborícola, ou seja, passa a maior parte do tempo em cima das árvores. Muitas vezes, caminha pelo chão de forma bípede - sobre duas patas, como o homem. A cauda longa (que chega a 72 cm) e preênsil (capaz de enrolar a ponta) funciona como quinta pata; é utilizada para se pendurar nos galhos, segurar alimentos e apoiar o corpo.

É tranquilo e tem hábitos diurnos. Alimenta-se de insetos, pequenos animais, gomas produzidas pelas árvores, flores, frutos e grãos. Em geral, vive em grupos de 30. Comunica-se por meio de 14 tipos de sons vocais diferentes, além de agitar galhos e fazer cocô para marcar território.

A gestação demora cerca de sete meses e meio e nasce, em geral, um filhote que fica até quase um ano agarrado à mãe, mamando. A principal ameaça ao macaco-barrigudo são a destruição de seu habitat e a caça para o tráfico da espécie, que é vendida como animal de estimação. Na floresta, é a mascote dos índios e moradores da beira do rio.

Bicho do Mês é uma coluna sobre as espécies brasileiras feita em conjunto com o Zoológico de São Paulo