Política Titulo Saia justa em Mauá
Antigo assessor de Paulo Eugenio apoia Atila e cria saia justa no PT
Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
27/08/2016 | 07:07
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Anderson Silva/DGABC:


Militante histórico do PT de Mauá, Cláudio Pastor deixou o partido para apoiar o rival do petismo na eleição de outubro Atila Jacomussi (PSB). Por muitos anos, o agora ex-petista foi assessor do ex-vice-prefeito Paulo Eugenio Pereira Junior (PT), mas agora dispara contra o ex-correligionário e ataca o próprio prefeito Donisete Braga (PT).

“Donisete é o grande responsável pelo esvaziamento do PT. Ele tirou muita gente do partido e filiou em outras siglas para serem candidatos. No caso do Paulo Eugenio, é um caso à parte. O poder fez mal para ele, que começou a gostar de coisas que, no passado, ele reprovava”, disparou.

Fiel escudeiro dos caciques do PT mauaense, Cláudio Pastor atuou em diversos setores do governo nas administrações do ex-prefeito Oswaldo Dias (PT, 1997-2000, 2001-2004 e 2009-2012) e, até meses atrás, na gestão Donisete. No pleito de 2008, protagonizou emblemática cena de fidelidade aos líderes do partido, quando imobilizou eleitor, a pedido de Oswaldo, que fazia boca de urna justamente para o PT (foto). “Não interessa se votou em mim. Está errado e tem de ser preso”, ordenou o então prefeito na ocasião.

Hoje, oito anos depois, explícita mágoa do partido e do atual chefe do Executivo. “O PT de Mauá está deteriorado. Os apoios que o Donisete agregou (para esta eleição) me deixaram muito insatisfeito. A partir de então, ele começou a abandonar os aliados de primeira hora e privilegiar esses oportunistas”, criticou Cláudio, em referência a rivais históricos do PT que subirão no palanque de Donisete neste ano – casos dos vereadores Chiquinho do Zaíra, Sandra Vieira (ambos do PTdoB) e Alberto Betão Pereira Justino (PTB).

Sobre a polêmica desconstrução da candidatura de Oswaldo à reeleição e escolha de Donisete como prefeiturável em 2012, Cláudio Pastor é taxativo: “Foi um erro (trocar Oswaldo por Donisete). Talvez nós perderíamos a eleição, mas pelo menos continuaríamos com um partido forte. O Oswaldo zelava pelo futuro do PT.”

Cláudio não revelou seu futuro partidário. “Se o Atila achar por bem ingressar no PSB, eu aceito. Mas vou esperar o fim da eleição.”

Paulo Eugenio não quis se pronunciar sobre a mudança de seu ex-assessor. 




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