Setecidades Titulo Dia da Mulher
Parada Lilás leva 1.500 pessoas ao Centro de Santo André

Quarta edição do evento celebrou conquistas e trouxe reflexão sobre direitos igualitários

Renato Fontes
Especial para o Diário
13/03/2016 | 07:00
Compartilhar notícia
Anderson Pedro/PSA


Celebrar conquistas já obtidas pelo público feminino e lembrar que há muito que avançar em termos de qualidade de vida, direitos e respeito. Essa foi a missão da 4ª edição da Parada Lilás, promovida ontem pela Secretaria de Políticas para as Mulheres de Santo André e que reuniu cerca de 1.500 pessoas.

Um dos principais eventos da programação especial em razão do Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8, contou com participação de diversos segmentos sociais. Houve caminhada acompanhada de carro de som, bexigas, faixas e cartazes pelas principais ruas da região central da cidade.

“Mesmo em pleno século 21, vemos inúmeros casos de assédio e violências doméstica e sexual. O ato tem a proposta de reafirmar os direitos das mulheres e a defesa da democracia”, declara Silmara Conchão, secretária de Políticas para as Mulheres da cidade.

A diretora de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e Equidade de Gênero da cidade, Maria Cristina Pache Pechtoll, engrossa o discurso. “Infelizmente vivemos em meio a sociedade machista, onde o homem ainda é classificado como superior a mulher. Esse conceito deve ser quebrado.”

Nos últimos anos, embora observe avanços no caminho da igualdade entre homem e mulher, Silmara destaca que a conquista dos direitos iguais ainda “parece estar longe” de acontecer. “Eu não estarei viva para presenciar essa vitória, mas estou otimista com a nova geração feminista que vem surgindo”, afirma.

A aposentada Vera Peçanha, 65, participou pela segunda vez da Parada Lilás. “As mulheres sentem que há alguém que se preocupa com elas e que está disposto a ajudar a combater quaisquer abusos”. A também aposentada Olívia Lima, 65 anos, concorda. “Temos de lutar para que nossos direitos sejam reconhecidos e cumpridos.”

Em meio ao ‘mar feminino’, estava o estudante de Enfermagem Gabriel Rodrigues, 17, que fez questão de prestar apoio à causa feminista com sua presença. “É um privilégio (participar). Engana-se quem pensa que as mulheres são o sexo frágil. Nós somos todos iguais”, conclui.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;