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Bonança econômica ofusca debate sobre sistema financeiro
Por Do Diário do Grande ABC
06/07/2000 | 12:40
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O retorno do otimismo e o crescimento econômico nos países industrializados voltaram a deter o impulso para reformar o sistema financeiro internacional, que depois da crise de 1997 e 1998, foi o tema de moda nas reunioes do G7 e G8.

Para os participantes na reuniao dos ministros de Finanças do G7 este sábado na ilha japonesa de Fukuoka, à qual se juntará posteriormente a Rússia como parte do G8, os temores suscitados há dois anos parecem dissipados.

A crise asiática de 1997, que terminou afetando praticamente todas as economias da regiao e que depois arrastou Rússia e Brasil em 1998, assim como a falência do fundo especulativo norte-americano LTCM, havia lançado esse debate sobre uma ``reforma da arquitetura financeira internacional'.

``Nestes momentos, estamos eufóricos porque (o afundamento da economia mundial) nao aconteceu. Mas temos de adotar um mínimo de controle global necessário para que a integraçao mundial funcione corretamente', estimou na semana passada o ex-diretor geral do FMI Michel Camdessus.

A emergência da contestaçao antimundializaçao reativou contudo os debates sobre a moralizaçao do comércio e sua regulamentaçao.

Ante o Parlamento Europeu em Estrasburgo, nesta última terça-feira, o presidente francês Jacques Chirac destacou a necessidade de ``lutar contra a instabilidade dos mercados financeiros'.

Numerosas organizaçoes nao governamentais reclamam a instauraçao do imposto Tobin, um velho projeto de 25 anos que consistiria em fiscalizar os movimentos de capitais especulativos para lutar contra a pobreza.

Proposta pelo Canadá no encontro de cúpula social da ONU em Genebra na semana passada, a mençao do imposto Tobin nao aparece contudo no texto final, devido à oposiçao de Estados Unidos, Japao, Austrália e Suíça.

Para o ministro suíço de Economia, Pascal Couchepin, ``a idéia em si é genial', mas irrealista, tanto sobre sua realizaçao como a seu respeito.




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