Para os participantes na reuniao dos ministros de Finanças do G7 este sábado na ilha japonesa de Fukuoka, à qual se juntará posteriormente a Rússia como parte do G8, os temores suscitados há dois anos parecem dissipados.
A crise asiática de 1997, que terminou afetando praticamente todas as economias da regiao e que depois arrastou Rússia e Brasil em 1998, assim como a falência do fundo especulativo norte-americano LTCM, havia lançado esse debate sobre uma ``reforma da arquitetura financeira internacional'.
``Nestes momentos, estamos eufóricos porque (o afundamento da economia mundial) nao aconteceu. Mas temos de adotar um mínimo de controle global necessário para que a integraçao mundial funcione corretamente', estimou na semana passada o ex-diretor geral do FMI Michel Camdessus.
A emergência da contestaçao antimundializaçao reativou contudo os debates sobre a moralizaçao do comércio e sua regulamentaçao.
Ante o Parlamento Europeu em Estrasburgo, nesta última terça-feira, o presidente francês Jacques Chirac destacou a necessidade de ``lutar contra a instabilidade dos mercados financeiros'.
Numerosas organizaçoes nao governamentais reclamam a instauraçao do imposto Tobin, um velho projeto de 25 anos que consistiria em fiscalizar os movimentos de capitais especulativos para lutar contra a pobreza.
Proposta pelo Canadá no encontro de cúpula social da ONU em Genebra na semana passada, a mençao do imposto Tobin nao aparece contudo no texto final, devido à oposiçao de Estados Unidos, Japao, Austrália e Suíça.
Para o ministro suíço de Economia, Pascal Couchepin, ``a idéia em si é genial', mas irrealista, tanto sobre sua realizaçao como a seu respeito.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.