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GM entra hoje em concordata nos EUA
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01/06/2009 | 07:00
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A General Motors deve entrar com um pedido de concordata no Tribunal de Falências de Nova York hoje, às 9h (de Brasília), e nomear Al Koch, 67 anos, como o executivo que conduzirá o processo de reestruturação da companhia, afirmou o Wall Street Journal, citando fontes familiarizadas com a questão que preferem não se identificar.

Koch, um dos diretores da consultoria AlixPartners e especialista em reestruturar empresas, supervisionará a divisão da montadora em duas partes - a "Nova GM", controlada majoritariamente pelo governo, e uma outra companhia que será liquidada.

Segundo as fontes, ele será subordinado ao executivo-chefe da GM, Frederick Fritz Henderson, mas também deve responder diretamente ao conselho de diretores da companhia. No caso de uma "Nova GM" ser criada após o pedido de concordata, Koch comandará uma equipe encarregada de vender ativos da "Velha GM" - incluindo as marcas Saturn, Hummer, Saab e Pontiac.

Koch, que foi um dos responsáveis pela reorganização do Kmart após a concordata, estaria reunindo-se regularmente com os diretores da GM desde dezembro. Ele ajudou a desenvolver os planos de viabilidade enviados pela montadora ao governo norte-americano, negociou com os acionistas e detentores de dívidas da companhia e preparou o esquema de venda dos ativos bons da empresa para a "Nova GM".

Como principal consultor da Alix para a GM, ele também preparou uma análise delineando as chances de recuperação para os credores caso a montadora fosse liquidada. A análise revelou que "não haveria recuperação para os credores que não possuem seguro", afirmou uma fonte.

No caso do Departamento do Tesouro dos EUA, a recuperação seria "significativamente prejudicada", segundo a fonte ouvida pelo Journal.

A equipe de Koch incluirá Ted Stenger, que trabalhou na Kmart e no colapso da fornecedora de autopeças Dana Automotive; Stefano Aversa, presidente das operações europeias da Alix, e John Hoffecker, especialista da indústria automobilística.

No entanto, Altman alerta que as condições econômicas desempenham um papel fundamental no sucesso de reestruturações corporativas após processos de concordata, o que pode trabalhar contra a reorganização da GM.

LUCRO - A concordata é vista por especialistas como a única maneira de a empresa voltar a ser lucrativa. A montadora pretende emergir da concordata no dia 1º de agosto. Até lá, a empresa espera ter se livrado da maioria de suas dívidas, de suas marcas fracas como Hummer, Saturn, Pontiac e Saab, e de milhares de concessionárias que se canibalizavam.

A GM também vai fechar entre 12 e 20 fábricas. Com os custos trabalhistas reduzidos após negociações com o sindicato, a GM prepara-se para investir na produção de carros menores e mais econômicos. E a montadora também terá se livrado do passivo de assistência médica com o sindicato, que inviabilizou a montadora por anos. Após a concordata, esse passivo de US$ 20 bilhões com o sindicato United Auto Workers transforma-se em participação na ‘Nova GM'.




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