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Menos de 1% realiza testes
01/11/2004 | 10:14
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Menos de 1% dos jogadores brasileiros submetem-se aos exames preventivos necessários. A delicada afirmação é do especialista em medicina esportiva Osmar de Oliveira e confirmada por outro médico especializado, Joaquim Grava, que teve longa passagem pelo Corinthians.

“O que é preciso melhorar no Brasil é a qualidade do exame médico do atleta. Considero isso mais urgente do que a redução no número de jogos”, diz Osmar. Grava acrescenta: “Viajei para alguns lugares com o Corinthians onde não havia nem vestiário, quanto mais algum tipo de atendimento médico”.

Para Osmar, o excesso de jogos pode ser o vilão dos problemas de joelho, tão comuns em atletas. Mas não pode ser responsabilizado pela ocorrência de doenças do coração. Embora concorde na questão do exame rigoroso, Grava julga que a questão do número de jogos também deve ser revista. “Desde a década de 90 que venho batendo nesta tecla: o jogador treina demais, joga demais, está no limite máximo”.

Grava diz que jogadores que atuaram há algum tempo, como Sócrates, por exemplo, teriam dificuldades em jogar hoje. “A luz vermelha está acendendo. Antigamente, não enfrentávamos esse tipo de problema. O jogador atuava só aos domingos, descansava nas segundas- feiras, depois voltava aos treinos. E ainda tinha férias normais. Dessa forma, conseguia ter uma condição melhor do que a atual”.




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