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Vândalos picham muros no Parque São Jorge e no CT da Barra Funda
Por Nelson Cilo
Do Diário do Grande ABC
17/05/2011 | 07:01
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Guerra sem fim. As pichações nas sedes, nos estádios ou nos centros de treinamentos dos clubes brasileiros já se transformaram na triste rotina dos vândalos que recorrerem à incontrolável e irracional violência na hora de manifestar exageradas cobranças aos derrotados. O tropeço do Corinthians diante do Santos, na finalíssima do Paulistão, domingo à tarde, na Vila Belmiro, provocou a ira de alguns torcedores do Timão, que picharam os muros do Parque São Jorge.

Como aconteceu na derrota contra os colombianos do Tolima, os protestos não pouparam especialmente o comandante alvinegro. "Fora, Tite", dizia uma das frases bem visíveis no alto da parede, ao referir-se ao personagem central do grupo, que mantém o apoio publicamente assumido pelo presidente Andrés Sanchez para seguir, no mínimo, até o fim da temporada 2011.

O nome de Tite surgiu no meio das tensas imagens que ainda repassavam expressões do tipo "Time mercenário" e "Cadê a vergonha?", tudo para retratar o sentimento de vingança contra os vice-campeões.

As ameaças desafiam constantemente os homens do policiamento, que também observaram, sem interferir, pelo menos 30 são-paulinos presentes ontem ao CT da Barra Funda para reclamar da eliminação do Tricolor na frente do Avaí, na Ressacada, na virada que despachou os paulistas da Copa do Brasil. Aos gritos, os desocupados esparramaram pipocas em frente do portão principal do CT.

Sobraram críticas aos atletas e integrantes da comissão técnica do São Paulo. "Muito respeito à camisa tricolor", "Time de pipoqueiros", "Time de paneleiros" (em referência à não consumada queda de Carpegiani, mantido à tarde no cargo), "Juvenal Cachaceiro" etc.

Os torcedores levaram ovos e chutaram os carros de Jean e Willian José. Muitos queriam a demissão de Carpegiani e as saídas imediatas de Rodrigo Souto, Juan, Casemiro e Carlinhos Paraíba. Além disso, exigiam o retorno do uruguaio Diego Lugano. A Polícia Militar observava de longe. Lá estavam pelo menos cinco viaturas. Não houve confrontos no local.

Na semana passada, o Palmeiras também não escapou da fúria dos mais exaltados, que não aceitaram passivamente a desclassificação diante do Coritiba. Os paranaenses humilharam os rivais no Couto Pereira (6 a 0) e, no duelo de volta, perderam no Pacaembu (2 a 0), mas asseguraram a vaga na sequência do torneio naciomal. Na Capital, a caminho do estádio, quebraram vidros do ônibus. As pedras quase acertam o goleiro Marcos, tido como ídolo maior da história recente do clube. As batalhas não param. Até quando?




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