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PLR de metalúrgico injeta R$ 202 milhões
Por Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
30/11/2010 | 07:04
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Orlando Filho/DGABC


O pagamento da segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) aos metalúrgicos que trabalham em Diadema, São Bernardo, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires vai injetar na economia quantia de R$ 202,2 milhões, que serão pagos pelas empresas a partir de dezembro, conforme negociação do SMABC (Sindicato dos Metalúrgicos do ABC).

Neste ano foram conquistados R$ 390 milhões em acordos de PLR só dos trabalhadores ligados a este sindicato, crescimento de 11% em relação ao valor conquistado em 2008, ano em que o setor automotivo bateu recordes de produção e venda no País. No ano passado, em detrimento da crise, os valores do benefício foram prejudicados.

Apenas no primeiro semestre, os acordos movimentaram R$ 187,8 milhões. O benefício abrange 102 mil trabalhadores, empregados em 201 empresas, que representam quase 70% da base da categoria no Grande ABC.

Segundo o SMABC, apenas na Volkswagen, foi estabelecido pagamento da PLR valor 17% maior do que a de 2008, mas em outras empresas da base houve redução.

IMPACTO - Com dinheiro extra na conta bancária, a tendência é que o tíquete médio das compras deste fim de ano dobre em relação ao do ano passado. De acordo com o diretor administrativo da Aciam (Associação Comercial e Empresarial de Mauá), Luiz Augusto de Almeida, os comerciantes do município esperam aumento de 10% nas vendas frente ao Natal anterior.

"Os que vão presentear familiares deverão comprar lembranças com valor agregado maior. Para os que têm dívidas, principalmente no cartão de crédito e cheque, esta será a oportunidade para zerá-las", afirma Almeida.

O executivo da entidade lembra que também é importante não esquecer de guardar uma fatia do dinheiro, visto que janeiro é época de pagar IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), além da matrícula e material dos filhos em idade escolar.

"Boa parte dos metalúrgicos têm que honrar com esses compromissos no início de cada ano. Por isso sabemos que o montante não será destinado totalmente ao comércio da região."

 

Pagamento do 13° salário coloca R$ 1,6 bi na economia

As sete cidades da região terão injetadas na economia, neste fim de ano, a cifra de R$ 1,78 bilhão, proveniente do pagamento do 13° salário aos 781,2 mil trabalhadores formais e aos 428,8 mil aposentados e pensionistas. São R$ 1,3 bilhão pagos àqueles com carteira assinada e R$ 415,9 milhões aos aposentados.

O estudo realizado pela subseção Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC aponta que este número é 6,5% maior do que o distribuído em 2009.

O 13º salário dos trabalhadores formais e beneficiários da Previdência Social na região está distribuído da seguinte forma: 36,5% na indústria de transformação; 22,5% no setor de serviços; 8,4% no comércio; 5,9% na administração pública; 2,8% na construção civil e 23,4% aos aposentados e pensionistas.

A participação das cidades de São Bernardo, Santo André e São Caetano neste bolo é de quase 80% dos recursos a serem pagos aos trabalhadores formais. Do total que será creditado aos aposentados e pensionistas, São Bernardo tem a maior parcela, 31,3%; Santo André (30,7%); São Caetano (11,9%), Mauá (10,8%); Diadema (10,7%); Ribeirão Pires (4,0%) e Rio Grande (0,6%) estão na sequência.

Os benefícios destinados à população do Grande ABC representam 1,7% dos recursos de 13º salário pagos em todo o País.

PERFIL - Os 102.842 profissionais filiados ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC têm rendimento médio de R$ 3.454,61. Eles são 13,2% do total de trabalhadores formais dos sete municípios e participam com 26,1% dos recursos pagos aos empregados com carteira de trabalho assinada. Os metalúrgicos também são 40% do total dos funcionários na indústria de transformação.




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