A executiva estadual do PMDB recebeu ontem pedido de dissolução do diretório do partido de São Bernardo, feito pelo deputado Jorge Caruso (PMDB). O presidente paulista da legenda, o parlamentar Baleia Rossi, confirmou a solicitação, mas ressaltou que não há definição sobre o futuro da sigla na cidade.

"É um processo que está no início. Houve um pedido do Caruso, que agora será avaliado, e o relator é o Jarbas (Elias Zuri Junior, diretor de Meio Ambiente de Santo André). Existe todo um trâmite interno que deve ser respeitado. Vamos procurar as lideranças municipais para tirar uma conclusão", discorreu.

Segundo Baleia, a justificativa de Caruso para a dissolução é que em São Bernardo "é preciso abrir o partido para novas lideranças, para crescimento, gás novo". "Claro que temos políticos importantes no município, que têm de ser respeitados. Esse processo está ocorrendo em várias cidades", frisou o mandatário estadual, ao ressaltar que a possível dissolução não tem relação com a posição do PMDB local de ser oposição ao prefeito Luiz Marinho (PT) e trabalhar por candidatura própria em 2012.

O deputado Jorge Caruso foi procurado, mas não retornou os contatos da equipe do Diário para comentar o assunto.

A coordenadora regional da sigla, deputada Vanessa Damo, observou que não se trata de processo "negativo" ou "traumatizante". "O PMDB não tem dono, essa é a nova fase do partido. É um projeto coletivo em que abre-se portas para novas lideranças compor com as que já existem. A intenção é fortalecer os vereadores da legenda, com possibilidade de somar forças com outras pessoas. É também a possibilidade de união dos parlamentares da cidade", considerou.

Os peemedebistas são-bernardenses reagiram de maneiras diferentes à informação, que segundo eles, souberam pela reportagem. O vice-presidente municipal da legenda, vereador Tunico Vieira, foi o mais exaltado com a situação (leia ao lado).

Em menor proporção, mas também indignado, o presidente do partido na cidade, Vanderlei Jueli, ressaltou que não há motivos para dissolver o diretório municipal. "Sempre atingimos todos os requisitos partidários", salientou. "Vamos continuar com nosso intuito de lançar candidato a prefeito no ano que vem. Estamos focados nisso", continuou.

O vereador Gilberto França teve avaliação mais amena. Observou que a executiva estadual é provisória e, consequentemente, as direções nos municípios estão em condições de serem dissolvidos. "Não fere nenhum dispositivo legal ou estatutário. A destituição é um direito da estadual", analisou o parlamentar, ao rechaçar manobra para aproximar o PMDB à gestão Marinho.

Segundo Tunico, não há motivos técnicos e jurídicos

O mais enfático dos peemedebistas de São Bernardo, Tunico Vieira se disse ao mesmo tempo surpreso e preocupado com o pedido de dissolução do partido na cidade. Uma nova executiva pode acabar com a pretensão de candidatura ao Paço em 2012.

O vice-presidente municipal da legenda observou que não há qualquer argumento técnico ou jurídico para a mudança na direção do PMDB de São Bernardo. "Cumprimos todas as metas determinadas pelos comandos estadual e nacional, ultrapassamos os 5% dos votos nas última eleição (2008), com 20 mil votos; lançamos dois candidatos a deputado estadual e um a federal no pleito de 2010; e, agora, atuamos para efetivar a orientação nacional de lançarmos candidato a prefeito. Não há porque destituir o diretório, a não ser por intenções pessoais", explicou.

"Não podem dizer que o partido não está em crescimento. Fizemos dois vereadores em 2008. Nosso desempenho foi um dos melhores entre as cidades da região, se não o melhor", completou. Nos sete municípios, o PMDB elegeu seis parlamentares: dois em São Bernardo (Tunico e Gilberto França), dois em Santo André (José de Araújo e Sargento Juliano), um em São Caetano (Joel Fontes) e um em Diadema (Cida Ferreira).

Tunico frisou ainda que, nos cerca de 20 anos de filiação ao partido, nunca sofreu advertência ou deixou de seguir algo defendido pela legenda. "Me considero peemedebista de primeira hora. Sempre fomos independentes, sem ceder às pressões."

No Grande ABC, os diretórios de São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra estão em processo de intervenção, com o objetivo de desenvolver o partido nessas cidades lançando candidaturas majoritárias no ano que vem.

"É um processo que está no início. Houve um pedido do Caruso, que agora será avaliado, e o relator é o Jarbas (Elias Zuri Junior, diretor de Meio Ambiente de Santo André). Existe todo um trâmite interno que deve ser respeitado. Vamos procurar as lideranças municipais para tirar uma conclusão", discorreu.

Segundo Baleia, a justificativa de Caruso para a dissolução é que em São Bernardo "é preciso abrir o partido para novas lideranças, para crescimento, gás novo". "Claro que temos políticos importantes no município, que têm de ser respeitados. Esse processo está ocorrendo em várias cidades", frisou o mandatário estadual, ao ressaltar que a possível dissolução não tem relação com a posição do PMDB local de ser oposição ao prefeito Luiz Marinho (PT) e trabalhar por candidatura própria em 2012.

O deputado Jorge Caruso foi procurado, mas não retornou os contatos da equipe do Diário para comentar o assunto.

A coordenadora regional da sigla, deputada Vanessa Damo, observou que não se trata de processo "negativo" ou "traumatizante". "O PMDB não tem dono, essa é a nova fase do partido. É um projeto coletivo em que abre-se portas para novas lideranças compor com as que já existem. A intenção é fortalecer os vereadores da legenda, com possibilidade de somar forças com outras pessoas. É também a possibilidade de união dos parlamentares da cidade", considerou.

Os peemedebistas são-bernardenses reagiram de maneiras diferentes à informação, que segundo eles, souberam pela reportagem. O vice-presidente municipal da legenda, vereador Tunico Vieira, foi o mais exaltado com a situação (leia ao lado).

Em menor proporção, mas também indignado, o presidente do partido na cidade, Vanderlei Jueli, ressaltou que não há motivos para dissolver o diretório municipal. "Sempre atingimos todos os requisitos partidários", salientou. "Vamos continuar com nosso intuito de lançar candidato a prefeito no ano que vem. Estamos focados nisso", continuou.

O vereador Gilberto França teve avaliação mais amena. Observou que a executiva estadual é provisória e, consequentemente, as direções nos municípios estão em condições de serem dissolvidos. "Não fere nenhum dispositivo legal ou estatutário. A destituição é um direito da estadual", analisou o parlamentar, ao rechaçar manobra para aproximar o PMDB à gestão Marinho.

Segundo Tunico, não há motivos técnicos e jurídicos

O mais enfático dos peemedebistas de São Bernardo, Tunico Vieira se disse ao mesmo tempo surpreso e preocupado com o pedido de dissolução do partido na cidade. Uma nova executiva pode acabar com a pretensão de candidatura ao Paço em 2012.

O vice-presidente municipal da legenda observou que não há qualquer argumento técnico ou jurídico para a mudança na direção do PMDB de São Bernardo. "Cumprimos todas as metas determinadas pelos comandos estadual e nacional, ultrapassamos os 5% dos votos nas última eleição (2008), com 20 mil votos; lançamos dois candidatos a deputado estadual e um a federal no pleito de 2010; e, agora, atuamos para efetivar a orientação nacional de lançarmos candidato a prefeito. Não há porque destituir o diretório, a não ser por intenções pessoais", explicou.

"Não podem dizer que o partido não está em crescimento. Fizemos dois vereadores em 2008. Nosso desempenho foi um dos melhores entre as cidades da região, se não o melhor", completou. Nos sete municípios, o PMDB elegeu seis parlamentares: dois em São Bernardo (Tunico e Gilberto França), dois em Santo André (José de Araújo e Sargento Juliano), um em São Caetano (Joel Fontes) e um em Diadema (Cida Ferreira).

Tunico frisou ainda que, nos cerca de 20 anos de filiação ao partido, nunca sofreu advertência ou deixou de seguir algo defendido pela legenda. "Me considero peemedebista de primeira hora. Sempre fomos independentes, sem ceder às pressões."

No Grande ABC, os diretórios de São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra estão em processo de intervenção, com o objetivo de desenvolver o partido nessas cidades lançando candidaturas majoritárias no ano que vem.