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França se prepara para jornada de mobilização social
Por Do Diário OnLine
Com AFP
03/10/2005 | 15:32
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A França se prepara para um dia de greves na terça-feira, depois dos sindicatos, apoiados por partidos de esquerda, convocarem uma mobilização geral por melhores salários e contra o desemprego.

Os sindicatos convocaram os trabalhadores dos setores público e privado a se unirem, apoiados por quatro partidos de esquerda e extrema esquerda. Entre as reivindicações, estão aumentos salariais, desenvolvimento dos investimentos públicos, principalmente na indústria, fim das privatizações e anulação da nova lei trabalhista, que permite aos patrões contratar e licenciar com mais facilidade.

O movimento acontece no momento em que o governo enfrenta um duro conflito por causa da privatização da companhia marítima SNCM (Sociedade Nacional Córsega Mediterrânea), que faz a travessia entre o continente, a ilha de Córsega e o norte da África. O problema se prolonga há duas semanas em Marselha e na ilha de Córsega e gerou atos de violência.

Para terça, está prevista a paralisação dos transportes e das escolas, setores em que foi anunciada a eliminação de 5.318 postos de trabalho em 2006. A CGT (Confederação Geral de Trabalhadores), uma das principais centrais sindicais do país, anunciou a realização de 143 manifestações, entre elas uma grande marcha em Paris.

Os sindicatos querem superar a mobilização do dia 10 de março, que teve a adesão de 1 milhão de pessoas. Segundo uma pesquisa de opinião, 74% dos franceses, sem distinção de nível social ou preferência política, vêem a jornada de 4 de outubro com "simpatia".

Esta será a terceira vez neste ano que os sindicatos convocam uma manifestação popular. Espera-se que o protesto afete o sistema de transportes, com atrasos e cancelamentos de vôos nos aeroportos.

Manifesto- Ao começar o período ordinário de sessões parlamentares, a oposição de esquerda lançou no sábado um chamado comum de apoio à jornada de mobilização social, para "deixar o governo com o pé atrás" e denunciar uma "ofensiva liberal e repressiva".

"A luta contra o desemprego e a precariedade, a defesa do poder aquisitivo dos assalariados, dos desempregados e dos pensionistas, e a crise na habitação exigem respostas que quebrem a lógica reacionária e ultraliberal do governo", diz um manifesto assinado pelos partidos Socialista, Comunista, Verde e a Liga Comunista Revolucionária.




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