cúpula estadual do PSDB sentenciou acordo de apoio à candidatura de reeleição do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), condicionando a titularidade do posto de número dois em chapa majoritária.

A decisão foi selada de maneira oficial e envolveu aperto de mão entre Lauro e o secretário da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB), Edson Aparecido, que também integra executiva estadual da sigla.

A formalização concretiza o caminho mais viável ao chefe do Executivo, que nos últimos meses contabilizou perdas de aliados como o PSB, PMDB e PRB. No ano passado, o verde chegou a anunciar que essas siglas tinham chance de ocupar a vaga de vice, destacando os nomes de Cida Ferreira (PMDB), Ricardo Yoshio (PRB) e Vaguinho do Conselho, que foi expulso do PSB.

Fechado alguns dias, o acordo abriu concorrência entre quatro nomes do tucanato diademense.

Preferida por Lauro e por parte do diretório estadual, a ex-vereadora Maridite Cristóvão de Oliveira desponta como favorita. Mulher do ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos (PSDB), a ex-parlamentar liderou candidatura tucana em 2012, ficando em terceiro lugar, após conquistar 21.388 votos (9,48% das adesões válidas). No segundo turno, aderiu à campanha de Lauro, que derrotou o então prefeito Mário Reali (PT).

Maridite, porém, vem refutando a possibilidade de concorrer a cargo eletivo. Aos mais próximos, revelou desejo de aposentadoria política.

Outro postulante à vaga e que goza de prestígio do tucanato local é o presidente da Câmara, José Dourado, que manifestou vontade em ocupar posto depois de quatro mandatos no Parlamento diademense.

A tática de Dourado, entretanto, depende da condição de Zé Augusto concorrer ao Legislativo. Em 2012, o ex-prefeito pleiteou uma cadeira na Câmara, angariou 7.254 votos – mais votado na cidade – e assegurou a bancada tucana duas vagas.

Se conseguir, o chefe do Legislativo iria lançar seu filho, Fagner Dourado, conhecido como Nego, como candidato a vereador.

De maneira remota, o terceiro postulante é o próprio Zé Augusto. Presidente municipal do PSDB, o ex-prefeito tem o nome defendido por parte de correligionários para fazer a dobrada com Lauro por conta de alta votação e antigo recall eleitoral.

Correndo por fora está a atual vice-prefeita Silvana Guarnieri. De saída do PTB e negociando ida para outra agremiação, a número dois pode ser alçada no tucanato. A manobra é bem vislumbrada porque o chefe do Executivo poderia se licenciar do cargo para pedir voto, enquanto Silvana administraria o Executivo já defendendo as cores tucanas.