A gente transforma o planeta num lugar melhor ao adotar pequenas atitudes em casa e na comunidade em que vivemos. A história da africana Wangari Maathai, contada no livro Plantando as Árvores do Quênia (Claire A. Nivola, Edições SM, 32 págs., R$ 30), prova que isso é verdade.

"Era uma menina que morava no Quênia (país da África), onde tinha muito verde. Lá, as mangueiras eram sagradas, não podiam ser cortadas", conta Victória Lopes Furtado da Silva, 10 anos, de São Bernardo, que leu e curtiu a obra.

Wangari cresceu e mudou-se para os Estados Unidos para fazer faculdade. Ao voltar, 5 anos depois, viu que seu país estava completamente diferente; as árvores tinham desaparecido, rios secaram e as pessoas estavam mais fracas e doentes.

A africana entendeu que não poderia ficar sem fazer nada. Então, ensinou a população a plantar mudas. Não foi moleza, mas ela não desistiu. Após três décadas de esforços mais de 30 milhões de árvores deixaram o Quênia verde novamente.

Em reconhecimento ao trabalho, Wangari se transformou na primeira mulher africana a receber o Nobel da Paz, em 2004. O importante prêmio internacional valoriza pessoas que lutam por algo que faça o bem para muitas outras. "Dá para mudar o mundo, mas todos têm de ajudar. Precisa ter força de vontade", afirma Victória.

Nas prateleiras

O BURRINHO E A ÁGUA (Walmir Ayala, Global Editora, 28 págs., R$ 21) mostra a história de amor impossível entre seres muito diferentes. O burrinho sem nome se apaixona pela água leve, alegre e gelada que carrega todas as manhãs. Mas vive triste porque a amada nem liga para ele. Então, toma importante decisão: para descobrir como falar com a água, parte numa grande viagem. Durante a aventura, o burrinho faz amigos, encontra a mãe da água e descobre sua verdadeira missão.

FOI ASSIM! NÃO FOI ASSIM, NÃO! NÃO FOI ASSIM, NÃO! (Kathrin Schärer, Brinque-Book, 28 págs., R$ 31,80) conta a história divertida de três bichos briguentos que dão versões bem diferentes para o mesmo acontecimento. O urso e o texugo estavam construindo uma torre de pedras. A confusão começou no momento em que a raposa chegou e derrubou tudo. Há dúvidas se ela fez isso de propósito ou sem querer. Na realidade, os animais não concordam em nada e fazem de tudo para defender a própria opinião. Até que o esquilo, inconformado com a discussão, se mete na encrenca. Será que a turma vai resolver o problema?

LÍNGUA DE CRIANÇA - LIMERIQUES ÀS SOLTAS (Global Editora, 24 págs., R$ 26) é o novo livro de Tatiana Belinky. Já ouviu falar em limeriques? São pequenas poesias com apenas uma estrofe e cinco versinhos bem-humorados. A obra, toda ilustrada, é cheia delas. Cada uma fala sobre assunto diferente: baratas no cabelo, livros, irmãozinho novo, pessoas mal-educadas, entre outros. O bacana é descobrir que a gente também pode escrevê-las.