Economia Titulo Crise
Encontro sobre a crise termina em choradeira
Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
11/12/2008 | 07:03
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O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá convidou empresas para conversar sobre a crise internacional e criar um pacto para que não haja mais demissões na região. Mas o empresariado usou o encontro para sugerir reduções de impostos, como o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), o IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) , ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) e o preço da água, assuntos que não tinham ligação direta com o tema da reunião.

O encontro reuniu representantes de 20 empresas das cidades da base da entidade - como Ferkoda, Philips, Alcoa, Eluma, Tupy, Quasar, MRS, Polimetri, entre outras.

O presidente do sindicato Cícero Firmino da Silva, o Martinha, organizou o encontro para que fosse elaboradas propostas para depois serem encaminhadas ao governo por intermédio da Fiesp.

Nenhuma proposta de imediato foi apontada. Pelo contrário, os empresários discutiram assuntos já batidos por eles. Ao invés de propostas eles afirmaram que é preciso reduzir impostos, diminuir juros, aumentar a linha de crédito e, segundo eles, tudo para manutenção de empregos. Alguns até compararam os impostos de Santo André com os de outras cidades, como Recife - onde há isenção de impostos.

Martinha afirmou que cerca de 1.000 trabalhadores já perderam o emprego nestes últimos três meses. "Estes são os que tinham mais de um ano de casa. Por isso, acredito que o número de demissões deva chegar a 3.000", explica.

Embora nenhuma proposta concreta tenha sido apontada, Martinha disse que o encontro foi positivo. "É preciso achar alternativas rápidas para que não haja demissão ano que vem."

COMPETITIVIDADE
Durante a reunião, vários impostos foram apontados como altos na região. Os representantes presentes compararam os valores do IPTU de Santo André com outras cidades para mostrar a ‘desvantagem', Segundo eles, se tivesse reduções de taxas as empresas se tornariam mais competitivas.

Outros executivos afirmaram que o governo tinha de agir logo, reduzir impostos para que esse crescimento fosse possível. Foi apontado - por vários executivos - que se o governo suspendesse as taxas de importação e os tributos - como IPI, ICMS, - por três meses já seria de grande ajuda para que muitos dessem continuidade aos investimentos e produção.

Os empresários também se mostraram apreensivos com a possível entrada de produtos chineses no País, por isso, sugerem que o BNDES assuma alguns riscos para investir na indústria nacional.




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