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Plano para 2014 não inclui Grande ABC
Por Raphael Ramos
Do Diário do Grande ABC
20/05/2008 | 07:02
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O Copa do Mundo de 2014 vai passar longe do Grande ABC no que depender do Plano de Mobilidade Urbana apresentado ontem pela ministra do Turismo, Marta Suplicy. O projeto prevê R$ 38,51 bilhões de investimentos em transporte em nove capitais e várias cidades no entorno desses municípios. No caso de São Paulo, no entanto, os vizinhos beneficiados diretamente serão Guarulhos e Taboão da Serra, com a extensão da Linha 4 do Metrô.

Para o Grande ABC, o plano apresenta apenas uma nova obra que influenciará no trânsito da região: a construção de um corredor de ônibus da Avenida Jornalista Roberto Marinho (antiga Água Espraiada, na Zona Sul da Capital) até a divisa com Diadema. Também faz parte do Plano de Mobilidade Urbana um antigo projeto do governo do Estado que afeta o Grande ABC: a ampliação até 2010 da Linha 2 do Metrô até a estação Tamanduateí da Linha 10 Turquesa (antiga Linha D) da CPTM, que passa por São Caetano, Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

"O cruzamento das linhas é vital", justificou a ministra, quando questionada sobre o impacto do projeto nas cidades no entorno da Capital. "A Linha 2 do Metrô é muito importante, pois é casada com o trem e o Grande ABC."

O Plano de Mobilidade Urbana foi entregue ao presidente Lula e à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na semana passada e deve sofrer alterações. Tudo dependerá das negociações da Casa Civil com os ministérios dos Transportes, do Esporte, das Cidades, além de governos estaduais, municipais e a iniciativa privada.

"A proposta do Ministério do Turismo foi passada para o governo federal. Agora, não sabemos se vai sair do jeito que planejamos", disse Marta Suplicy.

A ministra, inclusive, disse não ter garantias de que as obras serão realizadas - para os Jogos Pan-Americanos no Rio, por exemplo, vários itens do projeto inicial para a área dos transportes não saíram do papel. "Não tenho garantias, pois não depende da minha boa vontade. Mas o governo está muito empenhado nisso", disse.

A justificativa de Marta para que o governo federal execute as obras é a "situação de calamidade" em que se encontra o trânsito em São Paulo. "É preciso um esforço de guerra. Ou se faz um esforço de guerra ou não vamos conseguir que o cidadão que venha aqui (para a Copa do Mundo) se locomova", disse.

O Brasil recebe anualmente cerca de 5 milhões de estrangeiros. A expectativa é de que até 2014 esse número dobre. "A Copa é uma oportunidade única para o Brasil dar um gigantesco passo no turismo", afirmou.




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