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Delegacia do Rudge espera há dois meses por reforma do teto

Condenado pela ação dos cupins, forro do salão do plantão caiu e local oferece riscos

Por Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
11/11/2013 | 07:00
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André Henriques


Há dois meses a dona de casa Eliane Gerazi, 54 anos, acompanhava o filho na 2º Delegacia de Polícia do Rudge Ramos, em São Bernardo, já durante a madrugada, quando levou um dos maiores sustos da vida, segundo suas próprias palavras.“Foi um desespero. Estava tudo quieto e, de repente, começou um barulho. Só depois fomos descobrir o que tinha acontecido”, disse.

E foi descobrindo o que tinha ocorrido que Eliane hoje agradece à sorte. Enquanto aguardava o registro de um boletim de ocorrência para o furto do carro do filho, parte do forro do teto da área de atendimento do plantão do local desabou. Apesar da gravidade da situação, desde então o 2º DP (Rudge Ramos) de São Bernardo aguarda uma solução para o teto de seu plantão.

O prédio pertence à Prefeitura, mas está cedido à SSP (Secretaria da Segurança Pública), órgão estadual, para uso da Polícia Civil.

As causas do acidente, que felizmente não deixou feridos, é visível só de se entrar no plantão da delegacia: cupins. O local está infestado do inseto. E as vigas de madeira que davam sustentação cederam, ocasionando a queda parcial da madeira que reveste o telhado.

Dois meses depois do ocorrido, nenhuma solução prática ou reforma do local está prevista. Em nota, a SSP esclareceu que o risco de novos desabamentos é real e desta vez poderá acontecer na área de atendimento ao público e até de trabalho dos funcionários. Por isso, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos retirou o forro. “Agora o público é atendido assim, com fiação aparecendo, só com o telhado sem cobertura? Isso está perigoso. Por segurança vou esperar do lado de fora, na praça”, brincou uma vítima.

Apesar da retirada do forro e de a SSP e a Prefeitura descartarem riscos, o Diário constatou no local que a situação não é positiva. Os cupins continuam, existem diversas trilhas de ninhos do inseto pela parede, uma maior que a outra, cujo alimento são justamente as vigas de madeira que permaneceram e podem ceder a qualquer momento. “É um risco”, disse um funcionário do local. “Espero que façam algo logo.”

A reforma, no entanto, vive um impasse. A Pasta estadual informou que a construção do novo forro ainda não foi agendada. O Executivo municipal, no entanto, alega que não recebeu nenhum pedido formal, como manda o regulamento, para fazer a obra. Mas se antecipou e diz que elabora orçamento para a reforma. Enquanto o novo teto não sai, o jeito é controlar os cupins. A dedetização do espaço foi feita no fim de semana. E pelo menos, por ora, o problema do inseto pode ser considerado resolvido.




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