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UGT é a favor da terceirização, mas luta por melhorias

Central sindical afirma que fiscaliza a precarização
do trabalho e a perda de direitos trabalhistas

Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
28/10/2013 | 07:25
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André Henriques/DGABC


Criada em 2007, a Central Sindical UGT (União Geral dos Trabalhadores) surgia com o objetivo de quebrar paradigmas. “Nosso foco é a sociedade no geral, não estamos atentos apenas ao mercado de trabalho e às relações que as norteiam, estamos de olho também na Educação, na Saúde pública”, define o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah.

Em visita ao Diário, o dirigente sindical falou com exclusividade sobre temas importantes, como a terceirização, largamente debatido entre as demais centrais. “Não sou contra o PL 4330 (que legaliza a terceirização para atividade-fim e ameaça as relações de trabalho, conforme a CLT), sobre a terceirização da mão de obra. A UGT acredita que alguns tópicos do Projeto de Lei precisam ser ajustados, como a questão da precarização do trabalho e a perda de direitos por parte dos trabalhadores. Isso sim somos contra. No demais, é uma tendência do mercado que as empresas tercerizem serviços, principalmente aqueles relacionados a limpeza e a parte de segurança.” Para Patah, é preciso estabelecer um ponto de equilíbrio entre as relações capital e trabalho.

EMPRESAS X SINDICATOS - “Acredito que, hoje, o sindicato tem muito mais poder de diálogo com as empresas do que nos anos 1980. O fato de estarmos vivendo uma era de pleno emprego e de regulamentação dos órgãos sindicais fortalece essas relações. Os trabalhadores ganham com isso, tanto que sempre conquistamos aumento real, além da reposição da inflação nas campanhas salariais. Temos que comemorar”, assinala.

A central sindical, que tem atuação mais intensa nos setores de comércio e serviços, representa hoje cerca de 7,5 milhões de trabalhadores e responde por 1.080 sindicatos e associações.


Sindicato acredita que, no futuro, o acordo coletivo chegará ao fim

O presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, acredita na tendência de os sindicatos, cada vez mais, negociarem benefícios individualmente em empresa por empresa. “Isso já acontece com frequência no caso das negociações da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). É uma forma mais justa de analisar caso a caso, especialmente quando falamos de micro e pequenas empresas, cuja realidade é diferente das grandes multinacionais, por exemplo”, defende o dirigente.

Segundo ele, a convenção coletiva serve como amparo aos direitos trabalhistas, mas algumas cláusulas precisam ser avaliadas sozinhas em cada companhia. “No caso da PLR, é ruim saber que algumas empresas ainda não dão o merecido valor ao pagamento desse benefício. A economia se fortalece, os trabalhadores injetam mais recursos e toda a cadeia econômica, como os setores de serviços e comércio, cresce, empregando mais pessoas. É um ciclo, todos ganham”, avalia Patah.
 




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