O vereador de São Paulo Antônio Goulart (PSD) confirmou candidatura a deputado federal em 2014 e que fará dobrada, em Santo André, com Nilson Bonome, mandatário do PMDB municipal e presidente estadual da Fundação Ulysses Guimarães, que entrará na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa. Com raízes no Grande ABC, o parlamentar, que apesar de pessedista possui histórico peemedebista – está no quinto mandato –, esteve ontem na cidade para acertar detalhes da parceria.

Conselheiro do Corinthians e da torcida organizada Gaviões da Fiel, Goulart angariou 104,3 mil votos na eleição do ano passado pela Capital. O ex-peemedebista – militou por 39 anos na legenda – morou 18 anos no município (1968 a 1986, nos bairros Utinga, Vila Floresta e Valparaíso) e projeta forte campanha regional no ano que vem ao lado de Bonome. “Tenho laços familiares em Santo André e quero retribuir à cidade, por obrigação, tudo aquilo que eu conquistei politicamente”, disse Goulart.

À época como munícipe, o hoje vereador foi diretor da Liga de Futebol Amador de Santo André e era proprietário de comércio na Avenida Atlântica, perto da divisa com São Bernardo. Goulart quer fazer desse passado o elo eleitoral com Bonone, que atuou como supersecretário da administração andreense de Aidan Ravin (ex-PTB e atualmente no PSB, 2009 a 2012), assumindo em determinado período três Pastas. No páreo de 2012, o peemedebista concorreu à cadeira máxima do Paço – teve 17,3 mil votos, ficando em quarto colocado.

Essa é a primeira vez que ambos vão pleitear cargo eletivo a deputado. Segundo Bonome, a relação de Goulart com a cidade – o irmão do pessedista é vice-presidente da Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas da região – vai contribuir para a construção do projeto político. “Definimos um acordo de trabalharmos na frente em prol do Grande ABC e também fazer campanha pelo Interior. Eu estarei presente em todos os eventos em que ele me convidar e vice-versa.”

Bonome já fechou pacto de dobrada também com outros pré-candidatos à Câmara Federal, como Arnaldo Faria de Sá (PTB), Baleia Rossi (PMDB) e Alex Manente (PPS). O dirigente desconsiderou que essa gama de aliados poderia provocar problemas na campanha. “Sem dúvida, esses nomes a federal vão ajudar. Em nada implicaria num impasse.”