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Batalhão de Diadema é o melhor da região

Corporação da PM, que conta com 420 profissionais, recebeu R$ 20 mil para melhorias estruturais

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
01/12/2018 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 Responsável pela operação da Polícia Militar em Diadema, considerada a cidade mais violenta do Grande ABC, conforme estudo produzido pelo Instituto Sou da Paz, o 24º Batalhão da PM foi eleito ontem a melhor de seis companhias da corporação espalhadas pela região após atingir redução em nove indicadores criminais ao longo do ano dentro do seu território. 

Conforme dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública), entre janeiro e outubro, o batalhão – composto por três companhias e 420 policiais – atingiu queda de 20% no número de vítimas de homicídios em comparação ao mesmo período do ano passado – passaram de 34 para 27. Ainda no município, foi observada redução de 5% no índice que diz respeito ao furto de veículos (de 915 para 863). 

O batalhão atingiu as metas propostas pelo Programa de Benefícios por Resultados da corporação regional, consagrando-se vencedor da primeira edição do Prêmio Servir e Proteger do Grande ABC. Como recompensa, recebeu prêmio de R$ 20 mil, que serão destinados a melhorias de infraestrutura de sua sede, no bairro Piraporinha. “Trabalhamos numa guerra, calados, e ser reconhecido por esse serviço que prestamos, é uma alegria que realmente nos emociona”, comentou o comandante interino do 24º Batalhão, major Marcelo Davi Vieira.

De acordo com o comandante da Polícia Militar no Grande ABC, coronel Ronaldo Gonçalves Faro, o prêmio mostra que a corporação conseguiu, nos últimos meses, desempenhar trabalho eficaz num território que já foi o mais violento do País nos anos 2000. “Isso mostra que as ações de inteligência têm surtido efeito”, ponderou.

Durante a solenidade de premiação, na noite de ontem, em bufê de São Caetano, o comandante lamentou a alta no número de vítimas de homicídios na região pelo terceiro mês seguido, conforme dados da Secretaria da Segurança Pública. Em outubro, foram 12 assassinatos, contra sete no mesmo período de 2017. Segundo Faro, a corporação tem atuado junto às prefeituras para reverter o quadro. 

O comandante, inclusive, voltou a sugerir projeto de restrição do horário de funcionamento de bares e similares situados em áreas vulneráveis e periféricas das sete cidades no horário noturno, assim como já ocorre em Diadema, onde as atividades devem ser encerradas às 23h. “De janeiro a setembro, 12% dos homicídios aconteceram nas proximidades de bares, o que justifica a importância da medida”, observou Faro.




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