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Câmaras voltam com cenário governista

Em Diadema, oposição se consolidou e São Caetano ainda vê luta de bancadas; restante está alinhado

Por Humberto Domiciano
do Diário do Grande ABC
01/02/2017 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Trabalhos do Legislativo no Grande ABC terão início hoje com situações distintas de governabilidade. O prefeito Lauro Michels (PV), de Diadema, começa a segunda gestão com minoria na Casa. José Auricchio (PSDB), de São Caetano, ainda analisa como será o comportamento da Câmara, já que a maioria dos parlamentares não foi eleita em sua coalizão. Os demais veem clima pacífico no Parlamento.

Em Diadema, o aumento do bloco oposicionista se dá pela saída do DEM, PPS e PEN da base. As três legendas possuem cinco vereadores, que somados a PT, PRB e PR, formarão grupo de 12 parlamentares contra nove da sustentação. A saída dos três partidos aconteceu após desacordos na indicação de cargos no segundo e terceiro escalões. As legendas entregaram as Pastas de Cultura e de Transportes. Existe a disposição, por parte dos oposicionistas, de emplacar abertura de comissões investigativas contra a gestão de Lauro Michels.

Já em São Caetano, o governo de Auricchio iniciou o ano perdendo o comando da Câmara para a oposição, que elegeu Pio Mielo (PMDB) como presidente. O prefeito, no entanto, conseguiu aprovar, com cinco votos da oposição, projeto que libera o uso de escola municipal instalada ao lado de um posto de gasolina no bairro Santa Paula. Atualmente, a gestão do tucano conta com nove vereadores aliados e terá que articular para obter a maioria de dez votos para aprovação de projetos.

Por outro lado, Paulo Serra (PSDB), de Santo André, encontra cenário mais favorável, desde a eleição de Almir Cicote (PSB) para a presidência da Câmara e a perspectiva de ter na oposição apenas os cinco vereadores do PT. A bancada do PRB, formada por Ronaldo de Castro e Roberto Rautenberg, deve adotar posição de independência, enquanto a base aliada conta com 14 vereadores.

Orlando Morando (PSDB), prefeito de São Bernardo, também encontra tendência positiva no Legislativo, ao ter eleito para presidência da Câmara Pery Cartola (PSDB).

O mesmo quadro se repete em Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, com domínio de Atila Jacomussi, Adler Kiko Teixeira (ambos do PSB) e Gabriel Maranhão (PSDB), respectivamente.

Projetos e formação de comissões dominam a pauta

Em Santo André, na primeira sessão, amanhã, o destaque vai para a formação das comissões permanentes da Casa. Nas semanas seguintes, deve ser enviado pelo prefeito Paulo Serra (PSDB) projeto de reforma administrativa, que está em fase de estudos finais. A proposta deve contemplar a redução de secretarias, de 19 para 14, com economia projetada de R$ 12 milhões a R$ 15 milhões no ano com corte de cargos comissionados e gratificações.

Em São Bernardo, o primeiro projeto que será apreciado na sessão de hoje pelos vereadores trata da redução dos repasses da Prefeitura para o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, de 0,5% para 0,25% das receitas correntes líquidas.

Já em Rio Grande da Serra, o primeiro texto do Executivo será encaminhado na segunda sessão do Legislativo, na semana que vem, e trata de uma reforma administrativa. “Estamos atendendo obrigações jurídicas e financeiras. Por isso, vamos reorganizar os quadros de cargos da Prefeitura, que terão que ser preenchidos mediante qualificação”, explicou o prefeito Gabriel Maranhão (PSDB).

Em Diadema, a sessão de amanhã marcará a votação das comissões permanentes da Câmara, com chances de a oposição conseguir emplacar o comando das principais (Justiça e Redação; Finanças e Orçamento).




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