A gestão do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), assegurou ontem que irá trabalhar priorizando medidas de austeridade fiscal para este ano. O plano foi confirmado pelo secretário de Finanças, Francisco José Rocha (PSDB), após anunciar que a arrecadação de receita líquida do município não deverá atingir a ordem de R$ 1 bilhão, conforme previsão. O titular da Pasta, também sogro de Lauro, detalhou que a maior perda segue com o recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

“Com o ICMS, contabilizamos um rombo de R$ 110 milhões no ano passado. E isso vai demorar para recuperar. Nossa receita ao chegar em dezembro deve somar R$ 960 milhões. Em 2015, foi de R$ 1,02 bilhão. Com esse número precisamos conseguir equilibrar nossos compromissos”, argumentou Chico Rocha.

Há dois anos, Lauro anunciou contingenciamento no Orçamento do município em torno de 30%, detalhando planos de controle no consumo de combustível nos automóveis, redução nas jornadas de horas extras em muitos setores da administração e congelamento em contratações de cargos comissionados.

“Toda e qualquer medida que possa ajudar a conter despesa estamos realizando. É imprescindível, porém, que a economia no País se recupere, porque ninguém deixa de pagar impostos por não estar com vontade”, comentou o titular da Pasta.

RESULTADO
Uma das alternativas anunciadas por Chico Rocha que vêm garantindo avanços foi em relação à dívida ativa do município. O titular do setor financeiro afirmou ter conseguido efetuar a recuperação de R$ 40 milhões, que estão entrando gradativamente nos cofres públicos.

“Garantimos negociações possíveis com os devedores, que estão honrando seus compromissos. Estou satisfeito com resultado. Embora pareça pouco com o montante que temos (a receber), tem sido fundamental. Além disso, junto com o Jurídico, conseguimos identificar e eliminar inúmeros casos que estavam prescritos no bolo do passivo ativo”. Diadema registra montante de R$ 600 milhões em dívida ativa.