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Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024

Diarinho
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Semana da Arte Moderna
Uma viagem importante no tempo

Crianças conversam e participam de oficinas sobre a Semana da Arte Moderna, no Brasil, em 1922

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
20/02/2022 | 00:01
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André Henriques/ DGABC


‘Pensar fora da caixinha.’ Isso significa, basicamente, que você se dispõe a considerar diferentes alternativas e soluções para alcançar algum resultado desejado. E isso é muito bom! O ditado popular fala muito sobre um período importante para o Brasil: a Semana da Arte Moderna, realizada há exato um século, lá em 1922.

Um monte de artistas, entre pintores, escultores, músicos e poetas, se reuniu no Teatro Municipal de São Paulo para mostrar ao público suas obras “modernas”. A ideia era bagunçar o que a sociedade entendia por arte até ali, de um jeito bastante provocativo.

O maestro Heitor Villa-Lobos, por exemplo, subiu ao palco para tocar piano calçando sapato em um pé e chinelo no outro. Foi um escândalo, cujos reflexos repercutem até hoje.

A partir daí, parecia que ninguém mais conseguia fazer arte sem levar em conta o que tinha acontecido naquela semana. Ela provocou Tarsila do Amaral a pintar o quadro Abaporu, em 1928, onde a personagem é retratada com mãos e pés enormes desproporcionais ao corpo e à cabeça, minúscula.

Para conhecer melhor o impacto do movimento, de forma divertida, a Fábrica de Cultura São Bernardo promove série de atividades relacionadas ao modernismo, com música, contação de histórias e oficinas.

Heloísa de Sá Mendes, 10 anos, participou da oficina sobre a artista Anita Malfatti, ao lado de Luísa Spessoto, 11, Rafaela de Oliveira, 8, e demais crianças e jovens que se interessam pelo tema.

Heloísa comentou que se interessava pela história do Brasil bem antes da oficina. Ela já tinha participado de outra também sobre a Semana da Arte Moderna. “Conseguimos aprender de uma forma diferente sobre a arte que mudou tanto.”

Já Luísa tinha pouco conhecimento sobre o movimento e passou a se interessar depois da oficina. “É importante para nós e para nosso País, já que podemos usar mais a criatividade e pensar de outro jeito”, avalia.

Mas seja em pintura, oficina ou contação de história, a Semana da Arte Moderna tem muito o que nos ensinar ainda. Mas estudar um pouco dela traz conhecimentos que vão além da teoria, como, por exemplo, a criatividade em inovar e sua personalidade.

Crianças fazem o autorretrato em oficina 

Para estimular a criatividade e ainda aprender, na prática, a ideia do que foi a Semana da Arte Moderna, a oficina Autorretratos com Anita (por causa da artista Anita Malfatti), na Fábrica de Cultura São Bernardo, ofereceu atividades muito divertidas. 

Nela, as crianças precisaram se auto desenhar, ou seja, fazer um desenho de si mesmo. Parece difícil, mas depois fica fácil. A atividade foi inspirada no trabalho de Anita, que fez seu autorretrato em 1916: A Boba é uma das obras mais importantes da pintora.




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