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Faltam vagas no ensino técnico no Grande ABC

Região teve aumento de 11,66% nas matrículas

Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
21/04/2013 | 07:00
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Cerca de 22 mil pessoas buscam, a partir de cursos técnicos, conhecimento específico e oportunidade no mercado de trabalho nas escolas do Grande ABC. Apesar de aumento de 11,66% no número de matrículas de estudantes no ensino profissionalizante entre 2005 e 2012 na região, o número de vagas oferecidas em instituições públicas é insuficiente para atender a demanda.

Entre as sete cidades, as opções profissionalizantes gratuitas se resumem às vagas oferecidas pelas seis Etecs (Escolas Técnicas Estaduais), cinco Senais (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Escola Municipal Professora Alcina Dantas Feijão e o programa Vence, da Secretaria da Educação do Estado.

A maior parte das vagas está nas Etecs - 11,1 mil distribuídas entre 13 opções de cursos. Além de concorridas - são 11 candidatos por vaga nos vestibulinhos semestrais -, as instituições são reconhecidas por oferecer Ensino Médio integrado ao técnico, adquirir os melhores resultados nos índices de avaliação da Educação e obter taxa de empregabilidade na casa dos 79%. "Apesar de a formação técnica estar em ascensão no País, precisamos de 30% mais profissionais formados", observa a diretora da Etec Julio de Mesquita, Suely Magini.

No Senai, o ensino é voltado para a área da indústria. A instituição, que tem 2.105 alunos matriculados em oito cursos, chega a ter 20 candidatos por vaga nas provas de acesso semestrais, tendo em vista índice de empregabilidade de até 80%. "Há casos em que só com o curso técnico o aluno consegue ter bom salário, de até R$ 3.000", destaca o coordenador técnico do Senai Almirante Tamandaré, Valdir Peruzzi.

A única escola municipal a oferecer ensino técnico é a Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano. São 252 estudantes divididos entre cinco cursos. Os mais procurados, segundo a diretora Alessandra de Siqueira, são contabilidade e administração.

Já o programa Vence, que articula Ensino Médio regular estadual à educação profissional técnica, atende 2.218 alunos na região. Os cursos são distribuídos em dez eixos tecnológicos estabelecidos pelo MEC (Ministério da Educação) em setores da economia, automação industrial, análise clínica, logística, informática, entre outros.

 

Corretora volta à escola para realizar sonho profissional antigo

Depois de 20 anos atuando no ramo de seguros, Ana Maria Lima Sobral de Moura, 42 anos, finalmente tomou coragem para ingressar no curso técnico de Nutrição e Dietética e realizar antigo sonho. A formatura da moradora de Santo André está prevista para dezembro, e até lá ela pesquisa oportunidades de trabalho.

"Sempre fui preocupada com a alimentação e não sabia que teria tanta opção de trabalho nesta área", destaca a mãe de duas filhas, com 11 e 18 anos. Apesar de ter quase certeza de que quer trabalhar com nutrição hospitalar, Ana Maria destaca haver vagas também em hotéis, restaurantes, empresas, escolas ou nos cuidados de crianças e idosos.

A estudante destaca que o apoio da família é fundamental para dar continuidade aos estudos. A rotina é puxada. Ela trabalha entre 5h30 e 11h30, busca a filha mais nova na escola e passa a tarde no curso. À noite, executa tarefas de casa e tenta descansar.

 

 




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