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Pinheiro garante manutenção da articulação política em 2014

Prefeito de S.Caetano aprova desempenho de equipe e reconhece que função é polêmica

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
27/12/2013 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), irá manter sua equipe de articulação política no Legislativo para 2014. Diante de algumas contestações na defesa dos interesses do Palácio da Cerâmica na Câmara, o peemedebista afirmou que a função é “naturalmente polêmica”, mas aprovou o trabalho desempenhado durante o exercício de 2013.

A equipe de Pinheiro é composta por seu articulador Moacir Guirão (PMDB), além de líder e vice do governo na Câmara, os vereadores Jorge Salgado (Pros) e Paulo Bottura (Pros), respectivamente. “Foi um bom ano. Logicamente que é um trabalho polêmico. Tem de defender nossos projetos e quem se manifestar contra vai ter uma reação do líder. Foram discussões normais ao longo do ano. Na democracia esses debates são corriqueiros. Aprovo o trabalho do Salgado e do Guirão. Vão ser mantidos para o ano que vem.”

Mesmo com a aprovação do prefeito, a equipe enfrentou turbulência no trato com a Câmara que incomodou a administração. A primeira ocorreu na tentativa de instauração da CPI da Dívida em abril, que apuraria os restos a pagar de R$ 264,5 milhões deixados pela gestão passada. O então vereador Eder Xavier (PCdoB) conseguiu sete assinaturas para abrir a comissão. O requerimento foi entregue ao presidente Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão (PSB), que teria perdido o documento.

A assessora especial e filha do prefeito, Gica Pinheiro (PMDB), entrou em cena e colocou panos quentes no caso com a criação da comissão especial mista entre Legislativo e Executivo para investigar a dívida. Alguns setores tiveram contratos investigados, como o DTI (Departamento de Tecnologia da Informação), mas não houve relatório de conclusão.

Eder voltou a ameaçar o Paço em maio com outra tentativa de instaurar CPI, a da Mobilidade, que tinha como mote averiguar irregularidades apontadas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) na licitação e do contrato que garantiram a concessão das linhas de ônibus do município a Vipe (Viação Padre Eustáquio). Desta vez, quem tratou do assunto para evitar o empecilho foi o próprio prefeito, que se reuniu com Eder e signatários do pedido para explicar o caso.

O último deslize da dupla foi a postura adotada em relação ao voto contrário de Fabio Soares (PSD) no projeto que corrigiu a inflação, em 5,27%, nos valores do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para 2014. O pessedista já havia comunicado Pinheiro que não aprovaria a proposta por discordar do método de reajuste adotado. Salgado e Guirão acusaram o vereador de querer impor aumento abusivo na taxa e orquestraram pressão sobre aliados do parlamentar. O fato incomodou Pinheiro, pois criou instabilidade na base governista.

Salgado ganhou a vaga na liderança do governo depois de ter sido derrotado pelo governo na candidatura para presidente do Legislativo em detrimento da vitória de Sidão.

Guirão foi um dos mentores da candidatura de Pinheiro. Permaneceu na coordenação da empreitada eleitoral e foi escolhido para a articulação política pelo prefeito sem concorrência. 




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