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Deserção de 'showman' provoca dura reação oficial e choca cubanos
Da AFP
17/12/2007 | 17:26
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A deserção do popular apresentador de televisão Carlos Otero, que abandonou uma viagem oficial e pediu asilo nos Estados Unidos com a família, causou surpresa entre seu público e uma ácida reação oficial, que a qualificou de traição.

A notícia correu de imediato de boca em boca: "Carlos Otero ficou", uma frase lacônica que os cubanos entendem muito bem e que quer dizer desertou durante uma viagem de trabalho para imigrar, preferencialmente, para os Estados Unidos.

Otero, 49 anos, tornou-se o apresentador mais popular da televisão cubana, proveniente de um grupo de jovens que nos anos 70 apresentava o programa "Para dançar", vários dos quais já deixaram o país.

O apresentador havia viajado ao Canadá para apresentar pela terceira vez o show humorístico "Sabadazo", mas desta vez conseguiu autorização para viajar com a família e dois filhos.

Do Canadá, atravessou a fronteira para os Estados Unidos, onde os cubanos são favorecidos pela Lei de Ajuste de 1966, que os privilegia com residência automática e facilidades trabalhistas.

A expectativa maior aconteceu na noite de domingo, quando o canal Cubavisión deveria transmitir o programa "Con Carlos y punto".

Uma locutora leu uma nota oficial em que foi informado que o programa não iria mais ao ar, já que o apresentador "decidiu abandonar seu público e ouvir os cantos de sirenes dos Estados Unidos".

"Sua atitude traidora o separa do povo. Sua decisão o põe no lado dos que sonham em aniquilar o que se conquistou com sacrifício e esforço de várias gerações de cubanos dignos", destacou o texto.




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