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Sede Vacante

O espanto e a tristeza da renúncia de Bento XVI ao trono de São Pedro me fizeram procurar respostas para além das palavras do papa...

Por Dgabc
22/02/2013 | 00:00
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ARTIGO

Sede Vacante

O espanto e a tristeza da renúncia de Bento XVI ao trono de São Pedro me fizeram procurar respostas para além das palavras do papa. Não as encontrei, mas isso não me impede de escrever minha revolta. Afinal, estou sem rumo. A renúncia acontece em momento delicado, em que a Igreja Romana precisa de seus bastiões. Na defensiva, instituição tenta mostrar ao mundo que pode resistir ao progresso humano. No entanto, sofre duríssimo golpe nesse esforço.

Bento XVI deve ser questionado sim por sua decisão, pois mostra que não é infalível. Quando assumiu o posto em abril de 2005, sabia muito bem os desafios do cargo e o que simboliza. Pressões teológicas, políticas, sociais e a rotina frenética fazem parte da função há séculos. Entretanto, ele assumiu o posto em meio a um dos maiores escândalos enfrentados pela Igreja em décadas: as revelações de abusos sexuais de crianças cometidos por clérigos católicos em paróquias pelo mundo.

Nesse cenário, o seu ato ‘humilde' pode ser questionado. No comando da Congregação para a Doutrina da Fé, órgão sucessor da Suprema e Sacra Congregação da Inquisição Universal fundada por Paulo III em 1542 para combater as heresias por décadas, o papa esteve ligado ao julgamento dos artífices desse escândalo, o que pode colocar os argumentos da idade avançada e falta de vigor em questão.

Serão esses os reais motivos da renúncia? Podemos interpretar seu ato como tentativa de salvar seu ‘legado teológico pessoal' ameaçado pelos meios que os justificaram? São questões que me abalam profundamente como pesquisador e católico. Quero ver o milagre aqui, pois, nesse caso, a fé não basta. O papa de transição, como é considerado, cumpriu seu papel. Congelou a Igreja e deu mais força ao conservadorismo católico que, agora com vigor, atinge também a juventude. Mas o progresso deixa o discurso conservador medieval, o que causa a dispersão do rebanho há muito tempo.

Superar o medievo é tarefa imediata do próximo papa. Seja lá como for. Liberal ou moderada. De esquerda ou de centro, o medievo tem que ser superado imediatamente. Quem sabe um concílio para que essa modernização não seja fruto da vontade individual e sim da vontade geral dos fiéis da grande eclésia? Por fim, a Bento XVI, um obrigado tímido e um recado: o senhor sempre será pequeno diante da magnitude de João Paulo II e outros gigantes que resistiram e lideraram até o fim.

Thiago Rocha de Paula é professor de História.

PALAVRA DO LEITOR

Baldeação

Deixo meu protesto a respeito dos (des)serviços que a Metra vem prestando desde o dia 18. Os usuários são obrigados a fazer baldeação quando vêm de São Mateus para Ferrazópolis, em São Bernardo, e vice-versa. Ficou um caos, pois atrasa a entrada no serviço e demora ainda mais para chegar em casa, pois os carros ficam 40 minutos aguardando para entrar no terminal de Santo André. Não existem mais as filas organizadas para embarcar. A população não tem culpa do mau gerenciamento da reforma da ponte em 2011, paga pelos cofres públicos, dinheiro que sai do bolso do contribuinte, que vai arcar novamente com a reforma da ponte que, pasmem, senhores leitores, vai demorar seis meses, ao custo de R$ 5 milhões! Vamos ficar seis meses fazendo baldeações? Isso é uma vergonha!

Jeremias da Silva Lírio Filho, Santo André

Paulo Skaf

Paulo Skaf veio a público lutar pela redução da tarifa de energia elétrica no País e na sua fala anunciava a competitividade, o benefício para os consumidores, os preços dos produtos etc. Acreditei no governo, mas desconfiei do empresariado brasileiro, que é movido a lucros e vantagens e minha desconfiança tinha razão. Neste Diário (Economia, dia 17), os empresários alegam que o impacto nos preços referente à redução pode ser de menos de 1%. E assim segue a lógica do lucro a qualquer custo, da exploração do esforço governamental, da mentira, da falácia e, o mais importante, das boas intenções do povo brasileiro, explorado durante toda existência. Estamos acostumados com essas falácias. Choveu, aumentam os hortifrutigranjeiros; não choveu, encarece a cesta básica. Meu celular não funciona, aumenta a tarifa; a internet é ruim e seu preço, um absurdo; abaixa o IPI, mas o carro não barateia; abaixam os juros, mas os bancos enfiam a mão no seu bolso etc. Senhor Paulo Skaf, o espero na mídia para falar a respeito.

Roberto Gomes da Silva, Santo André

Enchentes

Há muito me ocorre ideia sobre como compensar a impermeabilização do solo, que a cada dia mais contribui para ocasionar enchentes. Construção de reservatório em cada obra, para destino das águas pluviais, que seria feito em locais cuja topografia e solo fossem favoráveis. Para construções novas os reservatórios seriam obrigatórios, para as já existentes, o poder público ofereceria desconto no IPTU para quem aderisse à ideia e faria reservatórios valendo-se de áreas sob seu domínio. A construção destes evitaria a chegada rápida das águas nas partes baixas, e grande parte se infiltraria no solo, que por sua vez alimentaria os córregos. Outra função deles seria a de utilização das águas para irrigação de jardins, lavagem de áreas externas etc. Construí rede na forma sugerida e 100% das águas são absorvidas pelo solo.

José Roberto Cheachire, Santo André

Organizadas - 1

Menino de 14 anos morre atingido por um sinalizador, que provavelmente foi lançado por torcedor corintiano. Até quando vamos assistir impassíveis a essas ignorância e violência dos torcedores? Quem em sã consciência carrega bombas, sinalizadores perigosíssimos, entra em um estádio estrangeiro e mata uma criança? Quantos são os culpados de mais essa tragédia absurda e triste? Tem como explicar?

Eduardo Zago, Mauá

Organizadas - 2

Novamente essa doença denominada ‘torcidas organizadas' preconiza outra tragédia. Já observamos batalhas campais onde patrimônios públicos, como metrô e ônibus, foram depredados e vidas ceifadas, mas agora atingiram o ápice ao provocar incidente internacional. Já passou da hora de esse câncer ser extirpado de nossa sociedade com punição exemplar aos seus integrantes, dirigentes e clubes que, sob pretextos espúrios, mantêm e financiam esses criminosos.

Vanderlei A. Retondo, Santo André

Caos

Em Minas Gerais, médicos tiram órgãos de paciente e vendem sem autorização da família. Em Curitiba, no Paraná, desliga-se o respirador de pacientes do SUS em UTI. Enquanto o caos prolifera na Saúde pública do País, a presidente da Repúplica se preocupa em comprar míssil. Cadê a prioridade, Dilma? Reage, Brasil!

Rosângela Caris, Mauá




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