Além da partida contra a Argentina, nesta quarta-feira, o jogador nao poderá atuar contra o Chile, em Santiago.

Justificativas - O atleta passou a segunda-feira por televisoes de Sao Paulo explicando o "caso Cafu", detonado quando ele pediu dispensa da concentraçao depois da derrota por 2x1 para o Paraguai.

A tarde, no programa Mulheres da TV Gazeta, ele contou a história já conhecida de sua epopéia para deixar o hotel em Foz do Iguaçu. Repetiu que falou primeiro ao "professor Marquinhos", o preparador Marcos Teixeira, e depois a Luxemburgo sobre sua saída. Ambos concordaram "sem problemas" com a dispensa, segundo Cafu.

A noite, no programa Esporte Record, da Rede Record, ele falou que nao se arrependeu da saída e que fez a coisa certa, mas nao teria se retirado se soubesse das repercussoes negativas. "Eu nao teria nem pensado em sair se soubesse que daria essa confusao", revelou.

Mantendo o discurso afinado com a "postura" da Seleçao, o lateral contou que nao vai deixar de gostar de Luxemburgo por causa desse episódio conturbado, mas mostrou que nao gostou de declaraçoes dos colegas, especialmente Roberto Carlos. Ele acha que os colegas nao teriam que opinar, apenas acatar a decisao. "Uma frase deles poderia ser usada contra mim ou contra o Wanderley", alegou.

Quando perguntado sobre as chances de ser convocado de novo, Cafu acha que nao teria problemas, já que se acertou com o treinador por telefone. "Volto, tenho quase certeza de que vou voltar à Seleçao. Mas trabalhar para isso. Nao vou voltar porque tenho a cara bonita o porque sou simpático", garantiu.

O ditado reza que o capitao é o último a abandonar o barco na hora da emergência, brincou o jornalista Vanderlei Nogueira lembrando o fato de Cafu ser o dono da braçadeira antes da dispensa, mas o jogador negou que tenha fugido ou que o Brasil seja um time náufrago. "O navio da Seleçao nao afundou, nao. Continua lá, firme", garantiu o lateral, apesar das dificuldades do próximo desafio nas Eliminatórias, contra a Argentina.