A descoberta desta molécula, inspirada em um componente de uma planta chinesa, a artemisina, é descrita na edição desta quinta-feira da revista científica britânica Nature.
O estudo foi realizado por uma equipe internacional formada por pesquisadores das universidades de Nebraska (Estados Unidos), Monash (Australia), do Instituto Tropical Suíço e da empresa farmacêutica suíça Hoffman Roche.
A substância, batizada de OZ 277, está sendo desenvolvida atualmente por uma organização sem fins lucrativos dedicada à pesquisa de novas terapias baratas contra a malária, graças a parcerias entre os setores público e privado, o MMV (Medicines for Malaria Venture) e a empresa farmacêutica indiana Ranbaxy.
Os testes de segurança e boa tolerância do "OZ" fora realizados na Grã-Bretanha, afirma o MMV. "Os testes de eficácia nos pacientes afetados pela malária começarão em janeiro de 2005", informa a organização. "Em caso de sucesso, este medicamento pode se tornar a próxima grande arma para combater esta doença".
A malária é uma doença parasitária que pode ser tratada, apesar de matar mais de um milhão de pessoas, a maioria na África.
Ao contrário dos derivados semi-sintéticos da artemisina atualmente disponível, a OZ pode ser sintetizada completamente em grande escala e a um custo acessível para a África. O objetivo é criar um tratamento simples e curto, em apenas uma administração oral diária durante um máximo de três dias.
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