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Turismo: O Golpe tá ai ...cai quem quer!
Rodermil Pizzo
20/07/2021 | 00:01
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Com a crise gerada no turismo, em especial com as agencias de viagens que sofreram mega impactos econômicos em suas rotinas, somados a modalidade de redução de custos, muitas agencias criaram o home office. E em algum momento desta pandemia extensiva, dezenas de agentes de viagens lamentavelmente foram desligados de suas empresas, porem esta informação nunca chegou ao passageiro.

Diante deste cenário, o cliente seguiu sendo assediado e recebendo uma enxurrada de oportunidades e ofertas supereconômicas e de excelente qualidade ( ainda que sabido seja: excelente qualidade não caminha de mãos dadas com baixos preços) o cliente vislumbra que a crise mundial derrubou os preços para menos de 50% da normalidade antes covid, e embarca na compra destas mega ofertas por estes agentes.

Na verdadeira essência, estas pessoas, não são agentes de viagens e sim free lancers ou micro empresas (muitas delas sem registros oficiais e governamentais completos para atuar nesta modalidade) e não possuem nenhuma relação comercial com o antigo empregador.

Alem de estarem enganando os clientes com a maquiagem de associação profissional junto a empresa de viagens e utilizando indevidamente o cadastro do ex-empregador, obtido no período em que estava Home Office, cometendo assim duas violações: ludibriar o passageiro e apoderar-se dos dados do cliente e utilizado de forma sorrateira e irregular.

Como as abordagens passaram a ser por ferramentas de comunicação coletiva e redes sociais, o cliente não consegue distinguir e confirmar tal veracidade das ofertas, incluso alguns destes ex-empregados utilizam a marca, cartões virtuais, crachás e até uniformes em imagens que os relacionam ao seu antigo empregador (seja esta: operadoras, cias aéreas, marítimas, hoteleiras e até seguradoras de viagens) . Esta falsa identificação social não permite que o turista entenda que esta comprando com alguém desassociado de vinculo empregatício a empresa que este “ profissional “ se apresenta.

Em conversa com cias aéreas, as mais afetadas, foram confirmadas dezenas de casos diários de clientes que compraram pelo whatsapp, pelo email ou outra ferramenta virtual e ao chegarem ao embarque descobrem de forma terrível que nada este pago ou emitido, transformando este momento que deveria ser de alegria em um pesadelo.

Importante ressaltar que o fato de sua viagem estar supostamente comprada e emitida pelas cias aéreas ou outras do seguimento, não te garante que no check in estará disponível seu embarque, pois a modalidade de emitir uma viagem com a garantia PARCIAL é possível – diante disso, o cliente confirma a compra, todavia, nada impede que posteriormente seja cancelado pelo emissor. Checar as reservas com os fornecedores, não te dará plenitude de dormir em travesseiro de espumas fofas.

As agencias de viagens físicas neste momento garantem uma maior segurança, uma vez que o cliente tem o contato físico/jurídico com a empresa e não somente com uma pessoa física. Sendo a agencia um espaço devidamente preparado para esta emissão de viagem in time.

Como dica, já que você ficou tanto tempo dentro de casa, e agora com as devidas medidas de segurança, já podem sair um pouco do ambiente virtual, de uma volta nos shoppings, galerias ou até mesmo nas ruas e visite fisicamente a sua agencia e seu agente, alem de ser recebido de forma hiper feliz pelo batalhador diário em tempos de pandemia, você terá a certeza de que esta fazendo um negócio seguro e sem surpresas desagradáveis no futuro – as merecidas férias depois de tantos acontecimentos atuais devem ser somente com surpresas felizes e agradáveis. Usando os bordões dos filósofos contemporâneos ( O GOLPE TÁ AI, CAI QUEM QUER!). 


Rodermil Pizzo tem 36 anos de atividades no turismo. É jornalista, empresário, professor universitário e mestre em hospitalidade. Esta coluna é atualizada todas as terças-feiras. E-mail: rodermil@dgabc.com.br




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