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Mortes por Covid-19 voltam a subir na região e
apresentam segunda alta semanal após 21 dias

Especialista relaciona oscilação ao feriado celebrado em 12 de outubro

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
31/10/2020 | 22:03
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Pixabay


Pela segunda semana seguida, o Grande ABC registrou aumento no número de mortes, depois de três semanas consecutivas de oscilação negativa. Nos últimos sete dias, foram 57 óbitos, média de oito por dia. Na semana anterior, houve 47 vítimas fatais, sete a cada 24 horas, em média (veja os dados na tabela ao lado).

Após 231 dias desde que o primeiro caso foi confirmado na região, o Grande ABC chegou ontem ao número de 72.867 pacientes infectados pelo novo coronavírus e 2.773 pessoas mortas em decorrência de complicações da Covid-19.

A cidade com mais casos segue sendo São Bernardo, com 31.008 pessoas contaminadas e 967 mortes, seguida por Santo André (20.166 casos e 614 óbitos), Diadema (9.479 pacientes e 466 vítimas fatais), Mauá (6.178 casos e 349 mortes), São Caetano (4.196 infectados e 235 óbitos), Ribeirão Pires (1.227 casos e 88 mortes) e Rio Grande da Serra (613 pessoas contaminadas e 27 vítimas fatais).

Infectologista do Hospital Santa Ana de São Caetano, José Raphael Ruffato afirmou que é difícil fazer previsões sobre a oscilação dos casos, mas que é importante lembrar que há duas semanas tivemos um feriado prolongado, celebrado em 12 de outubro, e que o relaxamento do isolamento físico pode estar relacionado ao aumento de mortes.

O especialista destacou que algumas pessoas têm a percepção de que o pior já passou, uma vez que no Estado de São Paulo, apesar de o patamar seguir elevado, o número de casos vem caindo. “Assistem a uma notícia sobre isso, acabam relaxando. Aí os números sobem, aumentam os cuidados, por isso temos tanta oscilação”, pontuou.

Ruffato afirmou que novembro e dezembro devem ser meses em que será possível observar o comportamento do vírus durante o verão no Hemisfério Sul, marcado por altas temperaturas, mas ressaltou que hábitos como intensificar a higiene das mãos e o uso de máscara não devem ser abandonados tão cedo. “Shows e eventos com muitas pessoas, como a gente vivia antes da pandemia, ainda estão muito longe de virar realidade novamente”, concluiu.

Brasil já tem mais de 5,5 milhões de casos

O Brasil chegou ontem à marca de 5.535.605 casos confirmados de Covid-19. Foram 18.947 diagnósticos positivos contabilizados no último período de 24 horas. Com relação às mortes, já são 159.884 vítimas fatais, sendo que 407 delas ocorridas também nas últimas 24 horas. 

Os dados fazem parte de boletim divulgado neste sábado pelo Ministério da Saúde. Entre os casos confirmados, 4.972.898 pacientes já se recuperaram da doença e 402.823 continuam sendo acompanhados.

No Estado de São Paulo, de acordo com boletim da Secretaria de Saúde, são 1.116.127 casos e 39.311 óbitos. Na última semana, a média de vítimas fatais foi de 84 casos ao dia, o que, segundo a pasta, mostram tendência de queda da pandemia no Estado, já que há sete dias este índice estava em 105, uma redução de 20%.

Entre os casos diagnosticados de Covid-19, 999.718 pessoas estão recuperadas, sendo que 121.713 foram internadas e tiveram alta hospitalar.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI são 39,5% no Estado e 41,2% na Grande São Paulo. O número de pacientes internados é de 7.004, sendo 3.989 em enfermaria e 3.015 em unidades de terapia intensiva, conforme dados das 14h deste sábado.

Hoje, os 645 municípios têm pelo menos uma pessoa infectada, sendo 588 com um ou mais óbitos. 




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