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Chineses e árabes querem financiar o pré-sal
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09/12/2008 | 07:00
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Chineses, árabes e até as reservas internacionais brasileiras são candidatos a financiar os investimentos da Petrobras na exploração do óleo no chamado pré-sal. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que os chineses ofereceram US$ 10 bilhões. Os Emirados Árabes também acenaram com recursos de seu fundo soberano.

Se necessário, acrescentou Lobão, parte das reservas internacionais brasileiras poderão ser emprestadas à Petrobras. "É uma possibilidade, uma decisão do governo. Se a Petrobras, um dia, vier a precisar, socorreremos com essas reservas. Elas estão lá, paradas", disse. "Há essa intenção. São reservas que estão lá, à nossa disposição, e que podem ser sacadas a qualquer momento."

Ele assegurou que o volume utilizado não colocaria a economia brasileira em risco. Nos bastidores, Lobão vem defendendo o uso das reservas para financiar o pré-sal desde antes do agravamento da crise internacional, que tornou o crédito mais escasso e caro. A idéia não encontra consenso na área econômica.

Porém, segundo o ex-diretor financeiro da Petrobras e ex-diretor do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas, ela não é ilegal nem inédita. No final dos anos 1980, a estatal tinha dificuldades em obter dólares para importar petróleo, como reflexo da moratória brasileira de 1987.

O ministro disse que os estudos técnicos sobre o novo marco regulatório do petróleo, com vista à exploração do pré-sal, estão prontos. E disse acreditar que plano estratégico da Petrobras será divulgado ainda este ano.




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