Economia Titulo Direito do consumidor
Proteja seu bolso durante a pandemia
Idec
30/04/2020 | 00:35
Compartilhar notícia


A pandemia do novo coronavírus impactou diretamente no bolso dos consumidores. As medidas de isolamento social tão necessárias para evitar a contaminação em massa exigiram mudanças nas atividades de trabalho e, em muitos casos, resultaram na redução da renda dos brasileiros.

Neste cenário, governo e bancos têm anunciado medidas econômicas que prometem socorrer pessoas físicas e micro e pequenas empresas afetadas pela crise. Mas ainda há muitas dúvidas sobre a forma de implementação e alcance dessa ajuda proposta. Para ajudar nesse momento de quarentena e para evitar que o cidadão se exponha ao vírus desnecessariamente, o Idec preparou algumas dicas.

Renegociação
Uma das medidas anunciadas pelos maiores bancos que atuam no Brasil foi a prorrogação, por 60 dias, dos vencimentos de dívidas – com pagamento em dia – de clientes pessoas físicas e pequenas empresas. O consumidor que pretende aderir a essa suspensão da parcela de crédito deve procurar a sua instituição financeira, preferencialmente por aplicativo ou Internet banking, para fazer o pedido. A solicitação também pode ser feita por telefone, caixas eletrônicos e excepcionalmente presencialmente nas agências.

Todas as linhas de crédito – como por exemplo: crédito imobiliário, empréstimos pessoais, financiamento de veículo – poderão ser suspensas por 60 dias, exceto o cartão de crédito e o cheque especial. Mas é preciso ficar atento, pois os bancos adotaram diferentes critérios de negociação. Por isso, para saber o que a política do seu banco oferece, entre em contato e certifique-se das condições e se há algum tipo de mudança na taxa de juros acordada.

Para o Idec é importante que o consumidor obtenha condições de suspender todas as linhas de crédito, como os cartões de crédito, cheque especial e crédito consignado.

Também entendemos que os consumidores que possuem vínculo de trabalho com o setor público e setor privado e for submetido a redução de jornada de trabalho com redução de salário, deverão ter o seu contrato revisado pelos bancos para reenquadramento da margem de consignação proporcionalmente ao novo salário. Contudo, ainda não há uma determinação para que isso ocorra.

Caso a sua instituição financeira não tenha proposto a suspensão das parcelas de crédito, o consumidor deve procurar o banco, expor a sua situação e solicitar que seja apresentada uma alternativa. Em caso de negativa, é possível fazer uma reclamação no SAC do banco e recorra à plataforma do governo www.consumidor.gov.br e registre uma proposta de acordo.

Os bancos pequenos, financeiras, bancos digitais e fintechs ainda não se posicionaram. Por isso, estamos solicitando ao Banco Central que torne as regras padronizadas e sejam extensivas a todas as instituições de crédito.

Agora, é importante ressaltar que, se o consumidor não foi impactado financeiramente, a melhor opção é manter os pagamentos em dia e evitar fazer a suspensão de contratos. Essa medida ajuda a manter o controle financeiro da pessoa e será importante socialmente, já que contribuirá para que os esforços gerados nas medidas estejam disponíveis aos mais necessitados e afetados pelos impactos da perda de emprego e redução de salário.
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;