A rebelião começou na galeria A, quando 30 presos fingiram tentar fugir depois do café da manhã. Durante o motim, eles pegaram as chaves de outras 29 celas e escolheram, em cada uma delas, os detentos que seriam mortos. Os rebelados portavam armas caseiras feitas de ferro e madeira. “Foi um acerto de contas entre presos da mesma facção. Assim que terminaramm, eles entregaram as armas, se renderam e acabou o tumulto”, disse o major Azevedo.
O presídio chegou a ser cercado pelo Grupo de Intervenções Táticas (GIT), policiais do Batalhão de Choque e um carro do Corpo de Bombeiros, já que pensou-se, no começo, que a rebelião era uma tentativa de fuga.
Um representante da Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio), o deputado estadual Alessandro Molon, visita o presídio. O deputado disse que, numa vistoria feita há 30 dias, já havia constatado um clima hostil dentro da cela onde estavam detidos os presos que se rebelaram.
Os presos mortos foram identificados como: André Luis Couto Coutinho, 33; Josélio Canuto, 21; Roberto Alves dos Santos, 25; Fábio Schott Bianchini, 33; Carlos Walace Brasil Teixeira, 36; Sebastião Batista dos Santos Júnior, 35; Luiz Antônio Durval, 31; e Marcelo Rodrigues Matias, 24.
O Ary Franco tem capacidade para 958 presos, mas atualmente abriga 1.195. Em maio, oito presos conseguiram escapar usando uma corda. Os presos amotinados nesta terça, de acordo com a Secretaria Penitenciária, haviam sido transferidos recentemente do Presídio Hélio Gomes.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.