A vitória por 2 a 0 da Seleção contra o pior time da Liga Japonesa (J-League), o Verdy Tóquio, só teve uma atuação de destaque na opinião do técnico Émerson Leão: o goleiro. "A coisa que mais me agradou no jogo foi a atuação do Dida", afirmou o treinador, sobre o atleta que é reserva no Milan e voltou a vestir a camisa da Seleção após mais de um ano.

"Muita gente que esqueceu dele voltou hoje, no Brasil, a acreditar e ter confiança no Dida", elogiou Leão, que deve manter o são-paulino Rogério Ceni como titular para as Eliminatórias. O técnico quer que Dida retome a boa fase vivida em 99, quando o goleiro era ‘unanimidade’ na Seleção.

Se o goleiro vai bem, o ataque não agradou em nada Émerson Leão. Para o técnico, o placar deveria ser ‘4 a 1 ou 5 a 1’ – não fossem os erros de finalização dos centroavantes. Sonny Anderson, artilheiro do Lyon, foi escolhido como o exemplo negativo da tarde japonesa.

Apesar do resultado magro e da atuação fraca do ataque, Leão ainda considerou válido o amistoso. "Foi importante enfrentar a escola asiática", analisou. A falta de público no Estádio Municipal de Tóquio, disse o técnico, deve-se à crise técnica que enfrenta o futebol japonês e ao desagrado com a divisão da sede da Copa de 2002 com a rival histórica Coréia do Sul.

Leão foi técnico do Verdy no começo dos anos 90, quando a equipe ainda chamava-se Verdy Kawasaki, e chegou a conquistar um título da J-League à frente do time de Tóquio.

Mais uma vez, o polêmico uso de um tênis Adidas durante treino da Seleção na sexta-feira ficou sem esclarecimento. Patrocinado pela Nike, assim como todo o time do Brasil, Leão disse que usou o tênis da concorrente por ter sentido dores no calcanhar, mas trocou-o rapidamente, ao sentir que a dor não passara.

O caso foi passado pela Nike à direção da CBF e deve ser esclarecido – com as devidas punições a Leão pela quebra do contrato – na próxima semana.