Setecidades Titulo Transportes
Frota de trens que circulam no Grande ABC será renovada

Linha 10-Turquesa receberá novas composições, de acordo com a CPTM; prazo não foi divulgado

Por Daniel Macário
do Diário do Grande ABC
23/12/2017 | 07:02
Compartilhar notícia
Denis Maciel/DGABC


Responsável hoje por operar com uma das frotas mais antigas de todo o sistema ferroviário do Estado, a Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que liga Rio Grande da Serra ao Brás, na Capital, será beneficiada com a renovação parcial de suas composições. A informação foi confirmada nesta semana pela própria companhia estadual, entretanto, sem data para que a ação ocorra.

Conforme apuração da equipe do Diário, uma das opções da CPTM será trocar a série 2100 – em circulação há quase 20 anos na região –, pela de modelo 7500, que atualmente opera na Linha 9-Esmeralda, cujo ano de fabricação é 2010. Maquinistas que operam trens na região, no momento, passam, conforme funcionários da companhia, por treinamento para que se adaptem ao novo carro.

A CPTM, no entanto, não entra em detalhes sobre o processo de renovação da frota. “A composição das séries de cada linha não está definida e o cronograma para a mudança está vinculado à entrega dos 35 novos trens, em fabricação”, destaca, por meio de nota.

De acordo com a companhia estadual, a Linha 10-Turquesa terá trens compostos por oito carros, sendo todos equipados com ar-condicionado. Não foram divulgados, entretanto, prazos para que a renovação ocorra. Porém, segundo funcionários, a expectativa é a de que a mudança seja observada em 2018.

Com média diária de 370 mil passageiros, sendo 181,4 mil usuários somente no trecho que corta a região – são nove paradas espalhadas por cinco cidades –, a Linha 10-Turquesa tem, atualmente, frota composta por 25 trens, todos com ano de fabricação entre 1974 e 1977, da Série 2100 – a primeira adquirida pela CPTM, assim que a companhia assumiu o sistema ferroviário do Estado, uma das mais antigas ainda em operação. Originalmente projetadas e utilizadas na Espanha como trens regionais de média distância, as composições entraram em ação no Brasil em 1998, após a CPTM adaptar e modernizar os trens.

Prestes a completar 20 anos de circulação no sistema ferroviário de São Paulo, as composições têm sido alvo de reclamações por parte dos usuários. “Quebram demais os trens daqui. Eu, por exemplo, pego a Linha 7 (Rubi) e ela é muito melhor”, desabafa o operário Roberto dos Santos, 49 anos. Para a atendente de telemarketing Amanda Siqueira, 27, a modernização é bom sinal. “Com a renovação, acho que as pessoas tendem a usar mais o serviço”, destaca.
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;