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Paço de Diadema erra cálculos e omite R$ 89 mil em Orçamento para 2018 enviado ao Legislativo

Por Júnior Carvalho
do Diário do Grande ABC
02/12/2017 | 07:00
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O governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), errou cálculos da peça orçamentária enviada à Câmara e terá de alterar a previsão de arrecadação para 2018. A conta feita pelo Paço na LOA (Lei Orçamentária Anual) fez com que a receita total para o próximo ano ficasse R$ 89 mil abaixo da real soma da arrecadação da administração direta com a indireta (autarquias).

O texto encaminhado ao Legislativo, que já está em tramitação e prestes a ser votado, citava previsão de receita total de R$ 1.453.038.100 para o próximo exercício, mas a soma das estimativas de arrecadação da administração direta, mais a previsão da receita individual do Ipred (Instituto de Previdência de Diadema), de R$ 264,4 milhões, e da Fundação Florestan Fernandes, de R$ 4,2 milhões, eleva o cômputo da estimativa para para R$ 1.453.127.100.

O erro só foi identificado depois de o líder do governo no Legislativo, Célio Boi (PSB), ser alertado por jornalistas durante a sessão de quinta-feira de que o cálculo do texto formulado pelo governo não batia com a conta das receitas.

O socialista, então, ligou para a Secretaria de Assuntos Jurídicos, responsável por redigir a peça orçamentária, que confirmou o equívoco. “Foi um erro de redação. Mas o governo vai enviar apenas a capa (página que cita a previsão de arrecadação) corrigida”, minimizou o parlamentar.

O projeto passou por primeira discussão na quinta-feira e, na próxima semana, será debatido em definitivo. Só depois disso a peça orçamentária para 2018, que recebeu uma centena de emendas dos parlamentares, será colocada em votação, também em dois turnos.

A previsão de receita para o próximo ano feita pelo Paço supera em 14% a estimativa de arrecadação para este ano, de R$ 1,26 bilhão, e foi alvo de críticas. O oposicionista Josa Queiroz (PT) considerou a peça orçamentária como “superestimada” e “ilusionismo”. “Diante da crise que estamos vivendo, como se justifica esse aumento? (O secretário de Planejamento e Gestão) Chico Rocha é o Picasso da economia. Ele pinta lindas telas com informações que estão muito longe de serem reais”, criticou. 




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