Apesar de ter confessado à polícia que matou o menino B.L.A., 9 anos, com golpes de concreto, na Mooca, zona Leste de São Paulo, Antonio Carlos de Araújo, 26 anos, teve na Justiça o direito de ser libertado. O juiz Luís Fernando Camargo de Barros Vidal, do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, indeferiu pedido de prisão preventiva da Promotoria de Justiça contra Araújo, que ainda ocultou o cadáver da criança após assassiná-la.

Araújo, que já foi condenado por crime de roubo, está solto desde sexta-feira por decisão do mesmo juiz, que relaxou sua prisão em flagrante, por considerá-la ilegal. O juiz alega que a prisão em flagrante foi decretada cinco dias após o crime.

Nesta segunda, a promotora Mariangela Balduino pediu a decretação da prisão preventiva do réu confesso. Segundo ela, "houve um erro do delegado que não autoriza nem justifica o erro do juiz".

O juiz, porém, afirma que a prisão preventiva só é decretada com o oferecimento de denúncia e diz que acatará o pedido somente depois da manifestação da Promotoria.