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Farc se negam a trocar rebeldes por seqüestrados
Da AFP
23/08/2004 | 09:07
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A guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) recusou a oferta do governo colombiano de trocar 50 rebeldes presos por 59 reféns de caráter político, de acordo com um comunicado divulgado neste domingo à noite no site do grupo.

Em seu pronunciamento de sete pontos, o comando central das Farc considerou que a proposta, divulgada pelo governo de Alvaro Uribe na última quarta-feira, é "absurda", não tem "seriedade" e tem um objetivo eleitoreiro.

"Carece de realismo e seriedade a proposta oficial sobre um intercâmbio que nega à guerrilha a liberdade de definir quais e quantos são seus presos, ou a discussão sobre as condições e circunstâncias em que devem ser libertados os alçados em armas contra o Estado, ou sobre a conexão de certos delitos com o direito à rebelião", frisou o texto.

Entre os seqüestrados, estão a ex-candidata à presidência Ingrid Betancourt e sua assessora Clara Rojas; 12 deputados do departamento de Valle (sudoeste); o ex-senador liberal Jorge Eduardo Gechen; os ex-parlamentares liberais Consuelo González, Orlando Beltrán, Luis Eladio Pérez e Gloria Polanco, assim como o conservador Oscar Lizcano; o ex-governador do departamento de Meta Alan Jara; o ex-ministro Fernando Araujo; 34 oficiais e suboficiais e os americanos Marc Gonsalves, Thomas Howe e Keith Stannsen.

As Farc são a principal força rebelde deste país sul-americano, contando com cerca de 17 mil combatentes.

Libertações - No domingo, cinco pessoas que foram seqüestradas pela manhã por supostos rebeldes das Farc foram libertadas à noite, diante da pressão das tropas militares, informou o comandante da X Brigada do Exército, coronel Néstor Espitia.

Segundo o exército, homens da frente 41 das Farc fizeram seus reféns após bloquear a passagem em uma estrada entre as cidades de Codazzi e Becerril, no departamento de Cesar (norte), onde também queimaram um ônibus e três caminhões.

Os seqüestrados foram soltos nos arredores das montanhas da serra de Perijá, na fronteira com a Venezuela, e levados para um hospital de Valledupar (880 quilômetros ao norte de Bogotá e capital de Cesar), para serem submetidos a exames médicos.

Outra blitz ilegal das Farc, instalada na sexta-feira à noite em uma estrada entre a cidade de Ibagué (210 quilômetros ao oeste de Bogotá) e o município de Alvarado, no departamento de Tolima, deixou três civis levemente feridos e o mesmo número de veículos incinerados.




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